Prévia da inflação deve mexer com expectativas para juros
Consenso de mercado enxerga inflação abaixo do limite superior da meta na leitura de abril do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15). O acumulado de 12 meses deve ficar em 4,19%, contra 5,36% de março, o que colocaria a pressão sobre os preços dentro dos limites da meta...
Consenso de mercado enxerga inflação abaixo do limite superior da meta na leitura de abril do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15). O acumulado de 12 meses deve ficar em 4,19%, contra 5,36% de março, o que colocaria a pressão sobre os preços dentro dos limites da meta, que é de 3% ao final de 2023, com tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. O dado mensal também deve apresentar recuo, e o consenso de mercado aponta para uma desaceleração na alta de preços de 0,69% no mês anterior para 0,60% neste mês.
A continuidade do processo de desinflação deve ajudar os juros futuros a cederem um pouco mais, mas não deve alterar a expectativa para o início dos cortes na Selic precificado pelo mercado. Atualmente, a curva de juros futuros indica uma probabilidade de mais de 85% de redução na taxa básica de juros em agosto. Para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o mercado dá como certa a manutenção da Selic nos 13,75% a.a. atuais.
Além disso, os investidores acompanham com atenção a discussão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre uma possível exclusão de benefícios fiscais de ICMS concedidos pelos estados da base de incidência do IRPJ e da CSLL. O ministro Fernando Haddad esteve na segunda-feira com ministro Benedito Gonçalves, que é o relator do caso na corte, e disse estar confiante que a União deve sair vitoriosa. O impacto tributário esperado pelo governo deve ficar próximo a R$ 47 bilhões para 2024. A discussão, no entanto, deve avançar ao STF (Supremo Tribunal Federal) qualquer que seja a decisão no STJ, por isso, a equipe econômica não prevê impacto na arrecadação deste ano.
Os ativos nacionais, principalmente os de bolsa de valores, devem responder ainda ao otimismo no mercado americano com os resultados de Alphabet e Microsoft e à recuperação dos preços nas commodities nesta quarta-feira. O minério de ferro interrompeu a sequência de seis sessões em queda e fechou a primeira parte das negociações em Singapura em alta de 2,69 %, cotado a US$ 105,20 a tonelada. O petróleo tipo Brent operava em leve queda de 0,35%, cotado a US$ 80,47 o barril, às 8h15.
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