Pressionados por exterior, ativos nacionais ampliam sofrimento
Se a semana terminasse nesta terça-feira, essa já seria a pior semana para o Ibovespa desde março deste ano. Hoje, o principal índice acionário brasileiro recuou mais 1,42% na sessão e trouxe o indicador de volta para os 113 mil pontos. Apenas 8 das 86 ações que compõem o Ibov terminaram o dia em alta...
Se a semana terminasse nesta terça-feira, essa já seria a pior semana para o Ibovespa desde março deste ano. Hoje, o principal índice acionário brasileiro recuou mais 1,42% na sessão e trouxe o indicador de volta para os 113 mil pontos. Apenas 8 das 86 ações que compõem o Ibov terminaram o dia em alta.
O mau humor acompanha a piora no sentimento do investidor com os Estados Unidos. As apostas de juros mais altos por lá durante muito mais tempo do que o antecipado têm castigado os ativos emergentes em geral. Mas mesmo no mercado americano, os dias têm sido difíceis.
O S&P 500, um dos principais índices acionários americanos está na quarta semana consecutiva de perdas. Desde a máxima do ano, no final de julho, o indicador acumula 7,83% de queda. No mesmo, período a bolsa brasileira recuou 7,09%.
Os juros por aqui também estão sendo afetados pelo movimento. A curva futura brasileira está revendo a trajetória que era esperada para as taxas nos próximos meses. Para se ter uma ideia, somente nos últimos dois dias, a precificação do mercado para os juros futuros somou mais de 40 pontos base nos vencimentos intermediários. Com isso, as expectativas de redução na Selic se reduziram drasticamente, e o patamar final para a taxa básica de juros (que chegou a estar abaixo de 8%) hoje se encontra acima de 10,50% a.a..
O dólar também ganhou força com o rali das taxas americanas e a moeda brasileira está entrando no terceiro mês consecutivo de alta, caso esse movimento permaneça como tem se mostrado recentemente. De julho para cá, a moeda americana passou de R$ 4,72 para R$ 5,15, pouco mais de 9% de alta em dois meses.
As próximas reuniões dos bancos centrais aqui e nos Estados Unidos serão no início de novembro e, até lá, o investidor terá de ser paciente.
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