Presidente do BC corre o risco de escrever duas cartas para explicar inflação fora da meta
Roberto Campos Neto (foto) pode ser obrigado a escrever duas cartas seguidas para justificar os motivos de a inflação ficar acima do teto da meta. Em 11 de janeiro, o IBGE divulgará o IPCA acumulado de 2021. O mercado estima uma taxa superior a 10%, enquanto o limite máximo era de 5,25%. Esta será a sexta carta assinada por um presidente do Banco Central (BC)...
Roberto Campos Neto (foto) pode ser obrigado a escrever duas cartas seguidas para justificar os motivos de a inflação ficar acima do teto da meta. Em 11 de janeiro, o IBGE divulgará o IPCA acumulado de 2021. O mercado estima uma taxa superior a 10%, enquanto o limite máximo era de 5,25%. Esta será a sexta carta assinada por um presidente do Banco Central (BC).
Para 2022, o teto da meta é de 5%. Como mostramos, a mediana das expectativas dos analistas de mercado consultados pelo BC para o fim do ano é de 5,03%. Com isso, Campos Neto pode ser obrigado a escrever uma nova carta para justificar os motivos do IPCA superar o intervalo máximo de tolerância.
O regime de metas para a inflação foi criado por meio de um decreto presidencial de 1999. Pela norma, Campos Neto é obrigado a enviar o texto ao ministro da Economia, Paulo Guedes, quando o IPCA fica abaixo ou acima do teto.
Ele precisa explicar as causas do descumprimento da meta, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.
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