Powell e prévia da inflação dão o tom dos mercados nesta sexta
Agentes econômicos de todo o globo estarão atentos à fala do presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, a partir das 11h (horário de Brasília) no Simpósio de Jackson Hole, no estado do Wyoming. Em vista das divisões entre os membros do FOMC...
Agentes econômicos de todo o globo estarão atentos à fala do presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, a partir das 11h (horário de Brasília) no Simpósio de Jackson Hole, no estado do Wyoming. Em vista das divisões entre os membros do FOMC (Comitê Federal do Mercado Aberto, na sigla em inglês) sobre o futuro das taxas de juros americanas a partir de agora, a fala de Powell pode trazer luz sobre o que os investidores podem esperar da próxima decisão do colegiado em 20 de setembro.
O mercado precifica uma pausa nas altas do Fed Funds (espécie de Selic americana) e retomada dos cortes em maio de 2024. A depender do tom adotado pelo presidente do banco central americano hoje, as curvas de juros futuros nos Estados Unidos e boa parte do mundo podem avançar ou recuar. Caso Powell indique que o nível dos juros estão em patamar suficientemente restritivo para conter a inflação americana, os investidores tenderão a antecipar o início dos cortes, precificando taxas mais baixas mais cedo.
Por aqui, no entanto, antes da fala do presidente da autoridade monetária americana, o IPCA-15 ( Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15) deve calibrar as expectativas para os juros no Brasil. Por enquanto, o mercado local precifica um corte de 0,75 ponto percentual até o fim do ano. Os números da prévia da inflação oficial, como também é conhecido o IPCA-15, devem mostrar se a pressão sobre os preços dará espaço para o Banco Central brasileiro acelerar o ciclo de cortes da Selic iniciado na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
O consenso de mercado aponta para uma aceleração do indicador para 0,17% em agosto, contra -0,07% no mês passado. Na leitura anual, a expectativa é que a pressão sobre os preços passe para 4,13% nos últimos 12 meses terminados em agosto, depois de marcar 3,19% no período anterior. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga os números às 9h.
No campo das commodities, o dia é de recuperação dos preços das matérias-primas. O minério de ferro encerrou a primeira parte da sessão em Singapura em alta de 1,65%, cotado a US$ 113,75 a tonelada. O petróleo também opera com ganhos, e o preço do barril tipo Brent subia 1,19%, às 8h03, a US$ 84,35.
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