Possível ressurreição de Nova Matriz Econômica derruba ativos nacionais
Com noticiário indicando que o governo pretende colocar Márcio Pochmann à frente do IBGE e Guido Mantega na Vale, investidores tiveram dia assombroso. Os nomes ligados a teorias políticas heterodoxas testadas e fracassadas em outras épocas parecem ter voltado para interromper...
Com noticiário indicando que o governo pretende colocar Márcio Pochmann à frente do IBGE e Guido Mantega na Vale, investidores tiveram dia assombroso. Os nomes ligados a teorias políticas heterodoxas testadas e fracassadas em outras épocas parecem ter voltado para interromper o bom humor do mercado nos últimos dias.
Além disso, número mais forte que o esperado para o PIB dos Estados Unidos ajudou a piorar o cenário, com rendimento dos títulos públicos americanos em alta durante todo o dia.
Por aqui, o Ibovespa encerrou a quinta-feira (27) em baixa de 2,10%, aos 119,9 mil pontos. Com a queda, o índice não só interrompeu cinco dias de altas consecutivas como registrou o pior resultado negativo em um dia desde o início de maio, quando o mundo enfrentava a crise dos bancos regionais americanos.
Na bolsa brasileira, a principal força negativa foram as ações da Petrobras, que apesar da alta do petróleo, despencaram mais de 5% no pregão. As incertezas com a nova política de preços da estatal brasileira e as lembranças (provocadas pelo ressurgimento de Mantega na pauta nacional) de políticas deficitárias e prejudiciais empregadas na companhia durante o governo Dilma parecem ter se somado para derrubar a empresa na bolsa.
Os juros futuros também interromperam quatro dias de recuo e registraram altas expressivas nos vencimentos intermediários e longos. O movimento fez com que a taxa mais baixa para a Selic precificado pelo mercado para os próximos anos voltasse a ficar acima de 9% a.a.. Apesar disso, as apostas em um corte de 0,50 p.p. na próxima quarta-feira continuam majoritárias no mercado de renda fixa.
O real que tinha andado na contramão da maioria das moedas emergentes na semana, não resistiu à valorização global do dólar e o ruído interno. Às 17h28, a divisa americana se valorizava 0,15%, após ter sido negociada em queda durante boa parte do dia, a R$ 4,75.
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