Mercado nacional registrou uma sessão de ganhos nesta terça-feira, 23, com alívio no mercado após uma sessão pressionada no dia anterior devido a incertezas fiscais relacionadas ao pacote industrial anunciado pelo governo. O dólar operou em baixa durante todo o dia, chegando a tocar o patamar dos 4,94 reais na mínima, enquanto os juros futuros tiveram uma leve queda na contramão dos rendimentos dos títulos públicos nos Estados Unidos.

O destaque do dia foi o Ibovespa, que superou as bolsas de Nova York e encerrou o dia com alta de mais de 1%, de volta acima dos 128 mil pontos. A valorização foi impulsionada pelas ações da Vale e Petrobras, que lideraram as contribuições para o indicado.

A mineradora se beneficiou do aumento no preço do minério de ferro, que voltou a ficar acima dos US$ 130 por tonelada, além da expectativa em relação a um pacote bilionário de resgate para os mercados na China. De acordo com o noticiário internacional o gigante asiático estaria preparando um auxílio de 278 bilhões de dólares para estabilizar os mercados internos.

No mercado cambial, o dólar se firmou em baixa, caindo até 0,7% e chegou a flertar com o patamar de R$ 4,94, devolvendo boa parte da alta na moeda americana desde o início do ano. No fim do dia, a divisa dos Estados Unidos encerrou as negociações de volta e R$ 4,95.

Os juros futuros longos operaram em baixa desde a abertura das negociações, contrariando a tendência global com rendimentos dos títulos americanos, que continuam com as taxas se apreciando à medida que as apostas no início do ciclo de cortes por lá passa de março para maio deste ano. Por aqui, os papéis com vencimentos intermediários e longos devolveram parte da alta de segunda-feira e fecharam o dia em queda de até 5 pontos base. A parte mais curta da curva futura ficou praticamente estável.