PIB do 2º trimestre vai calibrar apostas sobre juros
Expectativa do mercado é que a economia tenha avançado 0,9% no período, contra 0,8% registrado nos três meses anteriores
Depois do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2025 pouco crível, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) nesta terça-feira, 3, pode pressionar as expectativas para os rumos da Selic até o fim do ano.
Os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) devem apontar um crescimento de 0,9% para o PIB no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores – quando a economia nacional avançou 0,8%.
Na leitura anual, ainda de acordo com economistas e analistas consultados pela Bloomberg, o avanço deve ficar em 2,7% no trimestre terminado em junho, contra 2,5% no levantamento anterior.
Nos últimos doze meses terminados no segundo trimestres, o consenso aponta para um leve desaceleração do PIB, que passaria de 2,5% no mesmo período até março deste ano para 2,3% agora.
A economia aquecida, ao lado do desequilíbrio fiscal e da força do mercado de trabalho, tem sido apontada por especialistas e membros dos Banco Central como riscos importantes para o combate a inflação, o que significa que é a partir desses números que a autoridade monetária deve embasar a decisão sobre a Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em três semanas.
A precificação do mercado aponta para pouco mais de 50% de chances de uma alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, o que levaria a Selic dos atuais 10,50% ao ano para 11% a.a. ainda em setembro. Para 2024, os investidores ainda vêem mais dois aumentos de 0,50 ponto percentual, com a Selic próxima de 11,75% a.a. e 12% a.a., a depender da decisão do próximo encontro do colegiado.
As opções de Copom da B3 também apontam para uma elevação da taxa básica em setembro, com as apostas majoritárias (48%) de um aumento de 0,25 p.p.. A manutenção da Selic nos atuais 10,50% tem apenas 13% de probabilidade de acontecer de acordo com essas transações.
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