Petróleo dispara com ataques de EUA e Reino Unido no Iêmen
O preço do petróleo operava em alta de quase 4%, no início da manhã, impulsionado pelos ataques realizados pelos Estados Unidos e Reino Unido contra rebeldes no Iêmen que têm impedido o trânsito de navios no mar vermelho...
O preço do petróleo operava em alta de quase 4%, no início da manhã, impulsionado pelos ataques realizados pelos Estados Unidos e Reino Unido contra rebeldes no Iêmen que têm impedido o trânsito de navios no mar vermelho. A retaliação conjunta de britânicos e americanos para tentar normalizar o tráfego na região preocupa pelo potencial de espalhar o conflito pela região, uma vez que os houthis contam com o apoio do Irã.
Nas últimas semanas, a passagem de navios petroleiros no mar vermelho cessou em função da recusa das empresas de frete de passar pela região após ataques dos rebeldes às embarcações. Com isso, o preço do frete disparou e tem pressionado as commodities energéticas também, uma vez que para chegar a Europa agora, os navios precisam dar a volta no continente africano.
Às 8h10, o preço do petróleo tipo Brent registrava alta de 3,80%, cotado a US$ 80,35 o barril. No ano, o combustível soma 4,32% de alta. A duração da crise no mar vermelho pode não só pressionar o preço do petróleo, como também mexer com as expectativas sobre os juros globais uma vez que o custo mais alto da matéria-prima pode impulsionar os índices inflacionários.
Na agenda econômica americana nesta sexta-feira, 12, a maior expectativa do dia está voltada para a divulgação dos dados sobre a inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos em dezembro, às 10h30, que pode confirmar uma volta das pressões sobre os preço após a divulgação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) na quinta-feira, 11, levemente mais forte que o esperado.
Ainda nesta sexta-feira, os investidores também devem avaliar com atenção os resultados dos bancos americanos, com destaque para os resultados do Bank of America, Citigroup e JPMorgan antes da abertura dos negócios.
No Brasil, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro, também ficou acima das expectativas, mas os juros futuros acompanharam o otimismo americano e fecharam em queda.
No cenário político, as discussões sobre uma saída para a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas aguardam o encontro entre o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na segunda-feira, 15. Na pauta, o futuro da MP (Medida Provisória) da Reoneração, que foi vista como um desrespeito do executivo com os parlamentares – uma vez que o tema foi alvo de deliberação no Congresso Nacional dias antes da edição do texto do governo.
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