Petrobras vai reajustar diesel para conter falta? Nem distribuidoras sabem
Pessoas que trabalham em distribuidoras de combustíveis ouvidas por O Antagonista avaliam que a falta de transparência na política de preços da Petrobras tem levado à confusão no mercado interno e pode causar desabastecimento...
Pessoas que trabalham em distribuidoras de combustíveis ouvidas por O Antagonista avaliam que a falta de transparência na política de preços da Petrobras tem levado à confusão no mercado interno e pode causar desabastecimento. Começaram a circular nesta semana informações de que as distribuidoras estão com dificuldades para honrar os pedidos dos postos de combustível pelo país.
“Estamos em adequação em diversos estados do país”, informou uma pessoa com conhecimento do assunto. Adequação é o termo adotado pelas companhias quando é necessário reduzir o volume dos pedidos dos postos para adequar à quantidade disponível.
O problema tem a ver com o fato de a Petrobras praticar um preço menor para os derivados que o internacional, o que desincentiva as distribuidoras a importar combustível sob risco de terem que revender o produto com prejuízo. Dessa forma, a Petrobras se obriga a adquirir todo o volume necessário para atender o mercado interno, uma vez que o Brasil não produz cerca de 30% da quantidade necessária para atender à demanda nacional.
Parte das distribuidoras aposta em uma elevação dos preços dos refinados em breve, caso o valor internacional não ceda nos próximos dias. Nesse caso, estão fechando contratos de importação para ter disponibilidade do produto quando o reajuste chegar e, assim, atenderem à demanda sem o risco de trabalhar no vermelho. Outra parte acredita que não haverá correção e, por isso, não seria viável importar os combustíveis para suprir os postos, e a solução seria se ater à cota definida pela Petrobras.
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