Mal os EUA anunciaram a retirada de sanções ao petróleo da Venezuela —em troca de que o ditador Nicolás Maduro permita eleições livres, o que ainda é duvidoso— e a Petrobras já está falando em voltar a investir no país vizinho.

Depois de Lula festejar o fim das sanções, o presidente da estatal petroleira, o ex-senador petista Jean Paul Prates (foto), afirmou nesta quinta-feira (19) que a empresa avalia seriamente retomar os investimentos na Venezuela, “o que pode ter impacto inclusive no Plano Estratégico da companhia para o período 2024-2028, que está sendo elaborado”, escreve o Estadão.

Prates afirmou ainda que, embora temporária, a suspensão é muito importante para os venezuelanos, já que veio acompanhada do acordo eleitoral, e sinalizou com projetos em parceria para desenvolver reservas de petróleo. “Vamos colocar a Venezuela no mapa de novo.”

O presidente da Petrobras disse ainda —acredite se quiser— uma eventual decisão de investimento no país da Maduro não tem nada, nadinha a ver com política. “Eles estão muito necessitados de investimentos lá.”

Estão mesmo, depois do desastre econômico que foi a gestão de Hugo Chávez e tem sido a de Maduro. E os governos do PT, reconheça-se, têm muita experiência em emprestar a países amigos de Lula e depois levar calote.