Penny Stock? Magalu propõe grupamento de ações de 10 para 1
Companhia defende que grupamento deve reduzir volatilidade no preço das ações da varejista
A varejista Magalu anunciou nesta sexta-feira, 22, que o Conselho de Administração da empresa aprovou proposta de grupamento de ações e homologou um aumento de capital privado no valor de 1,25 bilhão de reais.
De acordo com a companhia, o grupamento será feito na proporção de 10 para 1, envolvendo as atuais 7.389.952.489 ações resultantes após o aumento de capital. A proposta ainda precisa ser aprovada em assembleia pelos acionistas, em data a ser definida.
Desde a máxima das ações da empresa no segundo semestre de 2020 até o momento, os papéis da varejista perderam mais de 90% do valor de mercado, passando de mais de 27 reais para menos de1,90 reais por ação. Caso atinja valor abaixo de 1 real, as ações da empresa podem ser excluídas do Ibovespa, principal índice acionário do país. Isso porque, no patamar de centavos, a ação passa a ser uma penny stock, e a metodologia do índice proíbe que papéis a esse preço permaneçam no indicador.
Poucos meses atrás, a Casas Bahia também usou o grupamento para evitar a exclusão das ações do Ibovespa. A proporção escolhida à época foi de 25 para 1.
Caso a proposta de grupamento seja aceita, os acionistas não sofrem nenhuma alteração financeira na posição, no entanto, o número de ações em carteira será o equivalente a um décimo da posição do acionista no momento do grupamento. Se, por exemplo, um investidor possui 150 ações de Magalu atualmente, no grupamento passara a ter 15 ações, mas o valor financeiro permance inalterado porque a ações tem o valor multiplicado por 10.
O aumento de capital da varejista foi resultado da subscrição de 641.025.641 ações, representando 100% da oferta, ao preço de emissão de 1,95 reais por ação. Os acionistas controladores subscreveram 66% da oferta, aumentando a participação em 1 ponto percentual, totalizando agora 57,2% da companhia. Mais de 75% das ações disponíveis aos acionistas minoritários foram subscritas pelo mercado.
De acordo com a empresa, a operação vai otimizar a estrutura de capital da companhia, reduzindo custos financeiros e possibilitando investimentos em tecnologia.
Dentre esses investimentos, estão previstos a expansão do Luizalabs, a evolução da plataforma de marketplace, melhorias na experiência do usuário (UX), serviços de Advertising (Ads), fintech, fulfillment e Magalu Cloud.
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