Parte da elite do funcionalismo acumula reajustes superiores à inflação
Advogados públicos federais, procuradores federais, auditores fiscais, delegados, diplomatas e gestores receberam do governo aumentos salariais superiores à inflação entre 1998 e 2021. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesse período acumulou alta de 326,65% e os reajustes de algumas dessas categorias, que compõem a elite do funcionalismo, chegaram a até 609,9%. Os cálculos são do economista Bruno Carazza, professor da Fundação Dom Cabral (FDC)...
Advogados públicos federais, procuradores federais, auditores fiscais, delegados, diplomatas e gestores receberam do governo aumentos salariais superiores à inflação entre 1998 e 2021.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesse período acumulou alta de 326,65% e os reajustes de algumas dessas categorias, que compõem a elite do funcionalismo, chegaram a até 609,9%. Os cálculos são do economista Bruno Carazza (foto), professor da Fundação Dom Cabral (FDC).
Parte das categorias decidiram paralisar os trabalhos nesta terça-feira (18) e estudam organizar uma greve geral a partir da segunda quinzena de fevereiro, se o governo não reajustar os salários em 28%.
Veja o gráfico abaixo:
Carazza afirmou que, embora seja verdade que os rendimentos desses servidores vêm sendo corroídos pela inflação no governo de Jair Bolsonaro, foram concedidos reajustes significativamente superiores à inflação para algumas dessas carreiras nas gestões de FHC, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer.
“Não faz nenhum sentido conceder reajuste para a elite do funcionalismo público neste momento, com a crise econômica e social que estamos atravessando. O discurso dos servidores desconsidera que muitas das carreiras foram contempladas em governos anteriores com aumentos salariais acima da inflação”, disse.
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