“Pacote de Haddad deve agradar mercado”, afirma economista
Os investidores devem receber o plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reorganização fiscal do país de forma otimista....
Os investidores devem receber o plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reorganização fiscal do país de forma otimista. Essa é a visão da economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, após acompanhar o anúncio das medidas do governo para reduzir o déficit primário previsto em R$ 230 bilhões para este ano.
De acordo com ela, “entre as medidas anunciadas, cerca de R$ 120 bilhões (em receitas) são bastante factíveis. Como cortes de gastos e reoneração dos combustíveis”, explica. Entre a redução nas despesas está a expectativa de economia com o recadastramento do Bolsa Família e revisão de outros programas que podem liberar até R$ 25 bilhões para o governo fazer frente aos compromissos do governo.
Apesar disso, Rafaela Vitória alerta que medidas relacionadas ao Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais) ou com a sugestão de uma espécie de Refis (com desconto a multas) são “otimistas e dependem de outros fatores ligados a processos judiciais”,.
Até mesmo Haddad destacou que o plano pode ser um pouco esperançoso em excesso. “Se você somar a meta de cada ação, ela zera o déficit. Mas sabemos que a meta de cada ação não vai ser atingida”, disse o ministro durante a apresentação.
Por isso, não é de se estranhar que o mercado ainda mantenha um desconto no plano ambicioso de transformação de R$ 230 bilhões de déficit em superávit apresentado pelo ministro da Fazenda. “Em geral, a estimativa de déficit entre 0,5% e 1% é bem factível e uma boa notícia. Nosso modelo hoje aponta para um déficit na casa de 1,3% do PIB e o corte de R$ 50 bilhões nos gastos significa que podemos ter um déficit de 0,9%”, conclui a economista.
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