Os números estão doentes
Joaquim Levy fugiu da coletiva de imprensa em que foram anunciados os cortes nos gastos do governo. Ele fingiu estar doente. Assim como fingiu que, com esses cortes, o governo pode cumprir a meta fiscal.Os números demonstram o contrário. A Folha de S. Paulo, hoje, analisou o rombo do INSS: "Com a deterioração do mercado de trabalho e sucessivas derrotas do pacote de ajuste fiscal no Congresso, o governo passou a projetar um salto do deficit da Previdência Social neste ano...
Joaquim Levy fugiu da coletiva de imprensa em que foram anunciados os cortes nos gastos do governo. Ele fingiu estar doente. Assim como fingiu que, com esses cortes, o governo pode cumprir a meta fiscal.
Os números demonstram o contrário.
A Folha de S. Paulo, hoje, analisou o rombo do INSS:
“Com a deterioração do mercado de trabalho e sucessivas derrotas do pacote de ajuste fiscal no Congresso, o governo passou a projetar um salto do deficit da Previdência Social neste ano.
De R$ 43,6 bilhões calculados na versão original do Orçamento, feita no ano passado, o rombo esperado nas contas do INSS foi elevado em 67%, para R$ 72,8 bilhões com as novas estimativas de receitas e despesas divulgadas nesta sexta.
Trata-se de um aumento de 28,4%, bem superior à inflação, em relação aos R$ 56,7 bilhões do ano passado. Como percentual do PIB, o deficit sobe de 1% para 1,2%, maior patamar em seis anos.
A piora das contas previdenciárias explica boa parte das dificuldades enfrentadas pela equipe de Joaquim Levy na tentativa de reequilibrar o caixa do governo.
Pelos cálculos oficiais, o INSS arrecadará o equivalente a 6,25% do PIB. Não se pode acusar a previsão de pessimista: em 2014, com o emprego em alta, foram 6,1%, recorde histórico.
No primeiro trimestre, as receitas cresceram menos que as despesas, e o deficit da Previdência subiu de R$ 11,7 bilhões, em 2014, para R$ 18 bilhões, neste ano”.
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