O testa-de-ferro do petismo
"Joaquim Levy é de uma rigidez ideológica muito exagerada para o meu gosto", disse o petista Fernando Ferro, a propósito do novo ministro da Fazenda. Considerando que Levy participou da campanha de Aécio Neves, depois se aproximou da campanha de Marina Silva e, por fim, sucumbiu aos encantos de Dilma Rousseff, acusá-lo de "rigidez ideológica" é, no mínimo, um contrassenso. Quem pode ser mais ziguezagueante do que ele?
“Joaquim Levy é de uma rigidez ideológica muito exagerada para o meu gosto”, disse o petista Fernando Ferro, a propósito do novo ministro da Fazenda. Considerando que Levy participou da campanha de Aécio Neves, depois se aproximou da campanha de Marina Silva e, por fim, sucumbiu aos encantos de Dilma Rousseff, acusá-lo de “rigidez ideológica” é, no mínimo, um contrassenso. Quem pode ser mais ziguezagueante do que ele?
Outro petista, Cândido Vaccarezza, atacou Levy. Ele declarou para O Globo: “Na época do Lula, a crise era resolvida com aumento do crédito e do investimento. Agora querem resolver com aumento de impostos e corte de investimentos”. Para alguém como Vaccarezza, acusado de ter embolsado R$ 150 mil do esquema criminoso da Petrobras, o corte de investimentos tem um significado realmente muito particular.
O fato é que Levy só foi nomeado para o Ministério da Fazenda porque o governo temia – e ainda teme – um rebaixamento da nota do Brasil por parte das agências de rating. Ele é uma espécie de testa-de-ferro do petismo, que empresta seu nome para dar uma imagem decorosa aos desvarios econômicos de Dilma Rousseff. Quando a crise explodir, o PT já tem o nome do culpado: o ziguezagueante Joaquim Levy.
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