O impacto dos memes de Taxadd na popularidade de Haddad
O ministro da Fazenda assumiu a liderança do ranking de popularidade digital da Quaest entre os ministros do governo Lula, apesar da queda que tem registrado desde maio
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), assumiu a liderança do ranking de popularidade digital entre os ministros do governo Lula, apesar da queda que tem registrado desde maio e da onda de memes de Taxadd nas redes sociais.
Os dados publicados pela Folha de S.Paulo são do IPD (Índice de Popularidade Digital), que é analisado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest, por meio de 175 variáveis das plataformas X (ex-Twitter), Facebook, Instagram, TikTok, YouTube, Wikipédia e Google.
Em seguida, aparecem o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e os ministros Paulo Pimenta (PT), da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul; Simone Tebet (MDB), do Planejamento; e Paulo Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário.
Taxadd
A produção de memes nas redes sociais em que Hadadd é apelidado de Taxadd cresceu diante da política do ministro da Fazenda de cobrir o descontrole das contas públicas somente buscando mais dinheiro no bolso do contribuinte.
A sanha petista pelo bolso do trabalhador foi antecipada por Crusoé, em março do ano passado, no texto “Fome de impostos”, assim que o desenho do novo Arcabouço Fiscal ficou conhecido. Sob o bordão de que não criaria impostos ou aumentaria alíquotas dos impostos existentes, Haddad fez o brasileiro assistir nos últimos meses ao ganho significativo do alcance da mão invisível do governo Lula ao bolso do contribuinte.
Entre as medidas mais conhecidas, estão a taxação de compras de sites internacionais com valores abaixo de 50 dólares, a famosa da taxa da blusinha, e a ressuscitação do seguro DPVAT (Danos Pessoais por Veículos Automotores e Terrestres).
Os afagos do PT a Haddad
Apesar das resistências e críticas aos planos de Fernando Haddad desde o início do governo do presidente Lula, integrantes do núcleo duro do PT mudaram o tom em relação ao ministro da Fazenda.
Em uma resolução do Diretório Nacional do PT, aprovada em 18 de julho, o partido endossou o programa de Haddad. Tradicionalmente, as resoluções petistas costumam dar direcionamento e avaliações sobre a atuação dos membros do partido.
“Os resultados no campo social são mais do que palpáveis, em uma demonstração inequívoca dos acertos de Lula e da equipe econômica do ministro Fernando Haddad, que priorizou políticas sociais sem abdicar da responsabilidade com as contas públicas”, diz o texto.
A aprovação do texto aponta para uma mudança de tom da cúpula do partido em relação ao ministro da Fazenda. Antes disso, o grupo político liderado pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), chegou a criticar o “austericídio fiscal” de Fernando Haddad.
“O Brasil precisa se libertar, urgentemente, da ditadura do BC independente e do austericídio fiscal, ou não teremos como responder às necessidades do país”, criticou o partido na resolução aprovada no final de 2023.
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