O dólar está chegando a Urano, Gleisi
Moeda atinge novo recorde após o Banco Central (BC) promover dois leilões extraordinários para tentar conter subida
O dólar fechou a segunda-feira, 16, a R$ 6,09, no maior valor nominal da história, apesar de o Banco Central (BC) ter promovido mais dois leilões extraordinários para tentar conter a alta da moeda.
Ao contrário do que afirmou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, sobre o mercado mandar o dólar pra lua“, o dólar tocou R$ 6,11 nesta manhã, em meio à incerteza quanto a votação do pacote de corte de gastos no Congresso Nacional e após a elevação da taxa Selic em um ponto percentual.
Mais cedo, o BC vendeu US$ 1,62 bilhão em um novo leilão extraordinário realizado pela autarquia na tentativa conter a alta do dólar.
Esta foi a quarta intervenção da autoridade monetária em menos de uma semana.
A ação da autoridade monetária foi a maior em um único leilão de dólares à vista desde 10 de março de 2020, ainda sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No período da pandemia de Covid-19, o BC vendeu US$ 2 bilhões.
O leilão de dólares à vista serve como uma injeção da moeda americana no mercado, com a tentativa de diminuir a cotação através da lei da oferta e da demanda.
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Contato visual com Saturno
Na última semana, o dólar fechou a segunda-feira, 9, a R$ 6,08 pela primeira vez na história, em meio à incerteza do mercado financeiro sobre as medidas econômicos do governo Lula (PT) e à projeção do aumento da taxa básica de juros.
Na sexta-feira, 6, a moeda americana encerrou a semana a R$ 6,07, outro recorde.
E o pacote de corte de gastos?
Ainda sem definição sobre a votação do pacote de contenção fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “o apelo que ele está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas”. Lula teria pedido um quadro sobre a questão para poder conversar com os líderes do Congresso.
“Nós temos um conjunto de medidas que garantem o robustez do arcabouço fiscal. Nós estamos muito convencido de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”, garantiu o ministro da Fazenda, apesar de o Banco Central ter elevado a taxa básica de juros em um ponto percentual e contratado mais duas elevações do mesmo tamanho contra o “cenário mais adverso”.
Inflação: tendência de alta
As expectativas para a inflação em 2024 aumentaram de 4,71% para 4,84%, enquanto a previsão para 2025 subiu de 4,40% para 4,59%.
A inflação projetada para 2026 também sofreu ajuste ascendente, passando de 3,81% para 4%, enquanto a expectativa para 2027 teve leve alta de 3,50% para 3,58%.
O índice que mede os preços administrados dentro do IPCA também foi revisto para cima.
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Comentários (1)
Claudemir Silvestre
16.12.2024 20:13Porque será que não estou surpreso !! O DESGOVERNO PT … sendo PT 🤷🏻🤷🏻