O Banco Central do Brasil é o melhor do mundo, Lula
Revista Central Banking destaca "política monetária proativa, defesa de sua independência e extensa agenda de pesquisa em fintech" da instituição comandada por Roberto Campos Neto
Lula resolveu voltar a pressionar publicamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), em entrevista na segunda-feira, 11. No dia seguinte, o Banco Central do Brasil foi eleito o melhor do mundo — com menção honrosa por ter resistido às pressões do petista.
O prêmio foi anunciado nesta terça, 12, pela revista Central Banking, que destaca a “política monetária proativa, defesa de sua independência e extensa agenda de pesquisa em fintech” da instituição comandada por Campos Neto.
“O prêmio de Banco Central do ano reconhece o cenário desafiador para o BCB, à medida que o presidente do Brasil, Luis Inácio ‘Lula’ da Silva, pressionava o banco central para reduzir as taxas. Ele também pediu ao banco central que aumentasse a meta de inflação”, destacam os responsáveis pelo prêmio.
Agradeça, Lula
O Antagonista já vem destacando há meses que, em vez de reclamar, Lula deveria estar agradecendo o presidente do Banco Central. A revista segue ao justificar sua escolha:
“Em última análise, porém, o Conselho Monetário Nacional do Brasil – que incluía o ministro da Fazenda da nova administração, Fernando Haddad, e a ministra do Planeamento, Simone Tebet, ao lado de Campos Neto – optou por manter a meta de inflação de 3%, ± 1,5 pontos percentuais.”
Mais elogios
“Paralelamente a este trabalho para cumprir o seu mandato principal, o banco central construiu sistemas tecnológicos que suscitaram elogios de todo o mundo. O sistema de pagamento instantâneo Pix ajudou 70 milhões de cidadãos brasileiros a realizar transferências bancárias pela primeira vez”, segue a revista Central Bank.
Campos Neto disse o seguinte à publicação: “Este prêmio é um reconhecimento à excelência do nosso corpo técnico, cujo trabalho tem contribuído para a estabilidade do poder de compra da nossa moeda e para a solidez e eficiência do sistema financeiro”.
O “cidadão”, como Lula gosta de chamá-lo, não vai nada mal.
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