Novidades no Pix: o que esperar das novas regras do BC
Banco Central anuncia aprimoramentos no Pix, incluindo pagamentos por aproximação, automáticos e reforços contra fraudes
O Banco Central (BC) continua a inovar em seu sistema de pagamentos instantâneos, o Pix, com o anúncio de novas funcionalidades e medidas de segurança que prometem facilitar ainda mais o uso da ferramenta e proteger os usuários contra fraudes.
Entre as principais mudanças, destacam-se o Pix por aproximação, o Pix Automático e novos mecanismos de segurança que devem entrar em vigor nos próximos meses.
De acordo com reportagem do Estadão, a primeira grande novidade é o Pix por aproximação, cujo início dos testes está previsto para novembro deste ano. Essa funcionalidade permitirá que os clientes realizem pagamentos simplesmente aproximando seus dispositivos móveis do terminal de pagamento, eliminando a necessidade de acessar o aplicativo do banco. Essa tecnologia já é familiar aos usuários de carteiras digitais como Google Pay e Apple Pay, que permitem pagamentos por aproximação para operações de débito e crédito.
A expectativa é que essa nova modalidade de pagamento seja oficialmente disponibilizada em fevereiro de 2025. Essa funcionalidade surge em um contexto onde o Banco Central também introduziu a jornada sem redirecionamento, permitindo que os pagamentos sejam feitos diretamente na plataforma onde a compra é realizada, sem a necessidade de abrir o aplicativo do banco. O Open Finance, que permite o compartilhamento de informações bancárias entre instituições financeiras, é a base que viabiliza essa nova modalidade de pagamento.
Pix automático
Outra inovação aguardada é o Pix Automático, que deve entrar em funcionamento a partir de 16 de junho de 2025. Essa modalidade facilitará o pagamento de cobranças recorrentes, como contas de serviços públicos, mensalidades escolares, academias e assinaturas de serviços de streaming.
Com o Pix Automático, o cliente poderá autorizar débitos periódicos diretamente pelo aplicativo do banco, sem precisar autenticar cada transação individualmente. Isso promete aumentar a eficiência e reduzir custos para empresas, além de diminuir a inadimplência.
O BC destaca que, diferentemente do débito em conta tradicional, o Pix Automático não dependerá de convênios bilaterais entre instituições, utilizando a infraestrutura já existente do Pix.
Reforço na segurança
Preocupado com o aumento de fraudes digitais, o Banco Central também anunciou mudanças significativas no regulamento do Pix, com o objetivo de fortalecer a segurança das transações.
A partir de 1º de novembro deste ano, novas regras limitarão o valor das transferências feitas por dispositivos não cadastrados no banco. Em casos onde o cliente utiliza um dispositivo diferente para realizar um Pix, o valor máximo permitido será de R$ 200 por transação, com um limite diário de R$ 1.000.
Além disso, o BC exigirá que as instituições financeiras implementem soluções avançadas de gerenciamento de risco, capazes de identificar transações atípicas e não compatíveis com o perfil do cliente.
Outra medida é a exigência de que os bancos verifiquem regularmente se seus clientes têm registros de fraude na base de dados do BC. Clientes identificados com histórico de fraudes poderão enfrentar restrições, como o encerramento da conta ou o bloqueio cautelar de transações.
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