Nome do governo à Petrobras passa em Conselho de Elegibilidade
Magda Chambriard deverá substituir Jean Paul Prates, que foi demitido da presidência da Petrobras em 14 de maio
Indicada do governo Lula para a presidência da Petrobras, Magda Chambriard (foto) foi aprovada pelo Comitê de Eligibilidade da estatal nesta quarta-feira, 22 de maio.
Para poder assumir o comando da Petrobras, Chambriard precisa agora apenas passar também em votação do Conselho de Administração.
A reunião do órgão para votar sobre o tema está prevista para esta sexta-feira, 24 de maio.
Chambriard deverá substituir Jean Paul Prates, que foi demitido do cargo em 14 de maio.
O “desafio zero” de Magda Chambriard, por Carlos Graieb
Tem gente falando dos “desafios” que Magda Chambriard terá de enfrentar como nova presidente da Petrobras.
O desafio importante para quem ocupa essa posição, possivelmente o único, é resistir à instrumentalização da petroleira para fins políticos.
Como Magda foi escolhida com o endosso de Rui Costa, pela proximidade com Dilma Rousseff e por ter crenças “nacionalistas”, é forçoso concluir que ela não gastará um segundo de seu tempo (muito bem remunerado) tentando domar a sanha de Lula para mandar na estatal.
Só Lula manda
O recém-demitido Jean Paul Prates saiu atirando contra seus desafetos no primeiro escalão do governo – o próprio Rui Costa e o hiperambicioso ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira. Disse que eles se “regozijaram” com a sua demissão.
Não duvido que seja assim. Mas a pressão desses adversários não deve ser superestimada. Sobretudo a de Silveira, que não é petista. Ninguém derrubaria um presidente da Petrobras respaldado por Lula. Supõe-se que Magda tenha equacionado a “questão Silveira” antes de sentar na cadeira.
Que ninguém se engane: Prates só caiu porque desagradou a Lula.
No episódio do bloqueio à distribuição de dividendos, o agora ex-CEO recusou-se a validar a escolha do Palácio do Planalto. Não aderiu ao desejo de Lula, para quem acionistas minoritários não são gente que decidiu confiar numa empresa, mas apenas e tão somente “o mercado financeiro”, essa abstração.
Prates foi defenestrado por cometer o erro de se posicionar contra uma ordem de Lula relativa à Petrobras, o fetiche máximo do chefão petista.
Em todo o resto, ele foi um cordeirinho. Mesmo assim, foi chutado.
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