Neste método, primeiro passo para recuperar empresa é demitir dono
"Na reestruturação, não tem espaço para você ser amigo de ninguém", resume Max Mustrangi, CEO e fundador da Excellance
Uma boutique especializada na recuperação de empresas e negócios que opera a partir de uma abordagem pouco convencional. A Excellance – gestão de turnaround e reestruturação – adota o que chama de gestão interina para lidar com os problemas das companhias em busca de auxílio. Nesse modelo, a diretoria é totalmente substituída, e o conselho de administração segue o mesmo destino – se não for dissolvido por inteiro.
“Quando se trabalha lado a lado com diretores e controladores (como no modelo de consultoria), ocorre muita relutância com a mudança, e o processo se torna lento e ineficaz”, explica Max Mustrangi, CEO da Excellance e a pessoa que muitas vezes assume a liderança dos pacientes, como ele gosta de chamar os clientes.
Sob a supervisão e liderança de Mustrangi, mais de 7 bilhões de reais em dívidas foram reestruturados nos 13 anos desde que fundou a Excellance. “Meus pacientes confiam em mim e em minha equipe. Por isso, só atuamos com carta branca. Na minha visão, essa relação tem de ser de mão dupla, baseada na confiança e em interesses alinhados. Para nós, não é suficiente simplesmente lidar com os problemas; nós compramos os problemas e suas consequências com mentalidade de dono (a que eles não tiveram para chegar onde chegaram)“, defende.
Na entrevista em novo episódio do Sala Antagonista, disponível no canal de O Antagonista no YouTube a partir das 20h desta segunda-feira, 13. Max Mustrangi lembra a trajetória executiva e o início da Excellance, baseada no que ele chama de método “coração no cofre”. “Na reestruturação, não tem espaço para você ser amigo de ninguém“, resume.
Sala Antagonista
Todas as segundas-feiras, às 20h, no canal do YouTube de O Antagonista, Rodrigo Oliveira apresenta um novo episódio do Sala Antagonista, uma conversa com personalidades e personagens do mundo dos negócios que estão mudando o panorama econômico nacional.
Como começaram? Como enfrentaram os fracassos e dificuldades no caminho? Quando entenderam que deveriam ajustar a rota ou insistir em uma aposta? Qual a ética de trabalho de pessoas e negócios que um dia foram comuns, mas se tornaram expoentes nos mais variados setores? Enfim, um mapa para quem quer entender sobre negócios ou se inspirar para saber como tirar aquele projeto do papel. Além, é claro, de detalhes sobre os negócios que essas pessoas comandam.
Assista à entrevista desta segunda-feira, 13, às 20h, no canal do Antagonista no YouTube.
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