Na volta do feriado, B3 se ajusta às quedas de brasileiras no exterior
A Bolsa de Valores de São Paulo deve ter uma sexta-feira difícil, considerando-se o desempenho dos recibos de ações das principais empresas brasileiras negociadas nos Estados Unidos...
A Bolsa de Valores de São Paulo deve ter uma sexta-feira difícil, considerando-se o desempenho dos recibos de ações das principais empresas brasileiras negociadas nos Estados Unidos. Durante o feriado, o EWZ (um papel que replica o Ibovespa em dólares) encerrou a quinta-feira em queda de 1,95%, no que pode ser visto como um prenúncio da sessão de hoje por aqui.
Papéis como Vale e Petrobras também fecharam no vermelho nas negociações nos Estados Unidos. A mineradora terminou o pregão próxima das mínimas, em queda de 3,30%, enquanto a estatal viu os preços dos recibos de ações americanos recuarem em 2,48%. Nem os bancos brasileiros escaparam do mau humor estrangeiro, com Itaú (-0,75%) e Bradesco (-1,05)% também em sessão de perdas.
Vale ressaltar que o desempenho dessas ADRs (Recibos de Depósitos Americanos, em inglês) no exterior não necessariamente serão seguidos pelo mercado local, mas indicam uma visão ruim do investidor estrangeiro para as ações brasileiras. Além disso, como esses recibos são lastreados nos papéis negociados por aqui, eles devem manter relação de preço.
Ainda no exterior, os investidores parecem manter a postura de aversão a risco, com futuros em Wall Street em queda, e o EuroStoxx 600, na Europa, no vermelho em 0,47%. A piora parece ter relação com a revisão de apostas sobre o limite para a alta dos juros nos EUA e na Zona do Euro, com dados econômicos apontando para um cenário ainda complicado para controle da inflação.
No campo das commodities, o minério de ferro recuou 0,73% na primeira sessão em Singapura, para US$ 113,40 a tonelada. O petróleo, no entanto, retoma a força na ponta compradora e volta a ser negociado acima dos US$ 90 o barril do tipo Brent.
Agenda econômica para esta sexta-feira não tem destaques importantes, e a atenção dos investidores locais deve ficar voltada para os números dos IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) na terça-feira da semana que vem. O indicador deve continuar a apontar aceleração e alcançar 4,67% no acumulado de 12 meses até agosto, contra 3,99% para o período encerrado no mês anterior. Na seara política, a mini reforma ministerial promovida por Lula na quarta-feira ainda está no radar.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)