Ministro é alvo de pedido de convocação após prejuízo bilionário na Petrobras
O resultado negativo reverteu lucro de 28,7 bilhões de reais registrado no mesmo período do ano anterior
Deputados de oposição apresentaram requerimento de convocação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para que ele fale sobre o resultado negativo da Petrobras, que teve um prejuízo de 2,605 bilhões de reais ao longo do 2º trimestre deste ano.
Como mostramos, o resultado negativo reverteu lucro de 28,7 bilhões de reais registrado no mesmo período do ano anterior. Essa foi a primeira vez, deste o terceiro trimestre de 2020, que a petroleira fecha três meses com prejuízo.
O pedido de explicações foi protocolado pela deputada Rosângela Moro (União-SP). Também assinam o requerimento os deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Adilson Barroso (PL-SP), Sargento Fahur (PSD-PR) e Zé Trovão (PL-SC).
“Ainda que a mídia venha divulgando justificativas da direção da empresa, controlada pelo governo federal, sobre o prejuízo estratosférico, no segundo trimestre de 2024, tais como a variação cambial no período, efeitos da adesão a um acordo com o governo para encerrar uma disputa tributária, aumento de despesas operacionais, entre outros, faz-se necessário entender os pormenores da situação de tamanho prejuízo”, argumentam os deputados no pedido de convocação.
“Não é descabido relembrar que essa mesma empresa, em um passado recente, foi objeto de investidas por esquemas não republicanos, desprovidos de transparência e porque não dizer, criminosos, que redundaram em dezenas de ações judiciais, que, por sua vez, ocasionaram na repatriação de dezenas de bilhões de dólares, dela, desviados. Fato irrefutável e de conhecimento de todos nós”, acrescentam.
Qual foi o desempenho da Petrobras?
Como mostramos, em termos de lucro recorrente, a Petrobras terminou os três meses em 15,728 bilhões de reais, uma queda de 46,5% em relação aos 29,4 bilhões de reais do mesmo trimestre do ano anterior. A empresa destacou que o resultado dos meses de abril a junho foi fortemente influenciado por fatores como a adesão a um acordo tributário com o Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais) de quase 12 bilhões de reais e variações cambiais desfavoráveis.
O consenso de mercado, antecipou o impacto da negociação tributária, mas não parece ter precificado o impacto do câmbio, principalmente, nas dívidas da empresa (que tem parte dolarizada) e esperava lucro próximo a 15 bilhões de reais.
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