Milho deve ser responsável por próximo “boom” exportador no Brasil, diz analista
"Se o 'boom' chinês original no Brasil foi baseado na exportação de minério de ferro, o novo 'boom' será sobre a exportação agrícola...
“Se o ‘boom’ chinês original no Brasil foi baseado na exportação de minério de ferro, o novo ‘boom’ será sobre a exportação agrícola. O impacto econômico dependerá fortemente dos termos de troca, que atualmente estão muito favoráveis ao Brasil”, afirma o analista Tom Miller, em relatório da Gavekal Research divulgado hoje.
Miller destaca que a interrupção da produção de milho ucraniano se transformou em uma grande oportunidade para o agronegócio brasileiro. Não por acaso, desde o início do ano, China e Brasil têm trabalhado para viabilizar a importação do grão produzido por aqui para abastecer a crescente suinocultura no gigante oriental.
A invasão russa à Ucrânia criou um espaço no mercado internacional para atender a uma demanda de cerca de 30 milhões de toneladas de milho por ano. E o Brasil é um dos principais candidatos a absorver essa fatia do mercado, que custou cerca de US$ 10 bilhões para a China no ano passado.
De acordo com Miller, o apetite chinês pela produção brasileira deve amenizar as contas internacionais com a provável queda na demanda de minério de ferro em função da desaceleração do setor imobiliário na China.
O agro então deve aparecer, novamente, como um dos principais pilares econômicos do país nos próximos anos. “Se os preços globais permanecerem altos, os fazendeiros brasileiros poderão ajudar bastante o próximo governo”, avalia o analista.
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