Mercados com cenário incerto e balanços no radar
Depois de dados econômicos decepcionantes nos Estados Unidos ontem, investidores começam a avaliar qual o efeito das altas de juros do FED (Federal Reserve) e como isso pode impactar o ritmo de reajuste das taxas...
Depois de dados econômicos decepcionantes nos Estados Unidos ontem, investidores começam a avaliar qual o efeito das altas de juros do FED (Federal Reserve) e como isso pode impactar o ritmo de reajuste das taxas a partir da próxima reunião da autarquia. Enquanto isso, mercados operam em baixa também a espera de resultados corporativos.
Esta semana, algumas das maiores empresas norte-americanas vão divulgar resultados. Hoje, após o pregão, Microsoft e Alphabet apresentam os balanços. Até agora, 115 das 500 companhias que compõem o S&P 500 relataram o desempenho no terceiro trimestre deste ano, com cerca de 70% delas com lucros melhores que o esperado. A dúvida, no entanto, é sobre o impacto de um ambiente mais restritivo nos próximos meses, por isso, investidores estão atentos às teleconferências com as empresas à procura de indicadores.
Hoje, as ações do índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong fecharam próximo à estabilidade, após caírem ao menor nível em 13 anos na segunda-feira. O Euro Stoxx 600 também operava próximo ao zero a zero, sob expectativa de um aumento de 0,75 p.p. na taxa básica da Zona do Euro na semana que vem e dados indicando recessão na economia do bloco. Os futuros de Wall Street oscilam entre altas e baixas, próximos ao zero a zero.
No campo das commodities, o minério de ferro caiu mais de 2% em Singapura e é negociado abaixo de US$ 90/tonelada pela primeira vez desde novembro do ano passado. O petróleo tipo Brent opera em queda de 1,31%, cotado a US$ 92/barril.
Por aqui, novas pesquisas eleitorais e IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) devem dar o tom nas negociações. Levantamentos mais recentes indicam uma perda de fôlego da campanha Bolsonaro e tem aumentado o sentimento de aversão a risco. Além disso, os números da inflação devem influenciar principalmente os juros futuro. A expectativa é de aceleração no indicador para 0,09% na comparação com o mês anterior, contra -0,37% na leitura passada. No acumulado de 12 meses, a pressão sobre os preços de desacelerar para 6,78%, contra 7,96% registrados em setembro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)