Mercado reage à Reforma Tributária e dados de emprego nos EUA
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem, em dois turnos a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Reforma Tributária, com votação expressiva em mais uma demonstração de força do presidente da Casa, Arthur Lira...
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem, em dois turnos a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Reforma Tributária, com votação expressiva em mais uma demonstração de força do presidente da Casa, Arthur Lira.
Entre as mudanças apresentadas nas últimas negociações e incluídas no texto está a redução de 50% para 40% da alíquota diferenciada a ser aplicada em itens específicos do imposto único. Também foi definida a composição do Conselho Federativo, uma das demandas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. De acordo com o texto, as deliberações só poderão ocorrer se tiverem, ao mesmo tempo, apoio da maioria dos estados e de representantes de estados que tenham mais de 60% da população, além do apoio da maioria dos representantes dos munícipios.
Por outro lado, as propostas de alteração no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e as mudanças do Senado no novo Arcabouço Fiscal devem ficar para agosto. O texto que retoma o voto de qualidade no Conselho é considerada muito importante para a Fazenda uma vez que a previsão é que a medida aumente a arrecadação em cerca de R$ 50 bilhões ainda este ano.
No exterior, expectativa para a divulgação do Payroll, às 9h30, com o consenso de mercado apontando para a criação de 230 mil vagas de emprego e taxa de desemprego em 3,6%. Investidores devem estar um pouco mais apreensivos com o dado, após o Relatório Nacional de Emprego ADP apontar a criação de mais que o dobro do número de postos de trabalho esperados (495 mil contra 225 mil).
A robustez do mercado de trabalho tem sido apontada pelo FED (Federal Reserve) como um dos motivos para novas altas nas taxas de juros. Em função disso, a curva futura de juros tem reagido fortemente aos dados, e as taxas apresentaram abertura relevante durante o dia de ontem. A expectativa precificada na curva futura mostra, pelo menos, mais uma alta de 25 pontos base por lá.
No campo das commodities, o petróleo era negociado em alta de 0,51%, a US$ 76,91 o barril do tipo Brent, às 8h12. O minério de ferro reagiu aos limites para produção de aço na China e fechou a primeira parte da sessão em Cingapura em queda de 2,35%, a US$ 107,50 a tonelada.
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