Mercado reage à fumaça da paz entre Lula e BC
Investidores locais estão atentos a sinalização de uma trégua na disputa entre Lula e Roberto Campos Neto com o anúncio de encontro hoje. O petista tentou acalmar os mercados ontem e chegou a afirmar em cerimônia pública que a política econômica não será criativa...
Investidores locais estão atentos a sinalização de uma trégua na disputa entre Lula e Roberto Campos Neto com o anúncio de encontro hoje, às 17h30. O petista tentou acalmar os mercados ontem e chegou a afirmar em cerimônia pública que a política econômica não será criativa. “Aqui ninguém vai dar cavalo de pau na economia. Aqui a gente não vai inventar“, disse.
Ainda na terça-feira, os recados da ata do Copom, destacando a importância de o governo adotar uma postura responsável com as contas públicas e o controle do déficit fiscal, impactaram os ativos nacionais, e a curva de juros passou a precificar um limite de queda para a Selic de até 10% a.a.. Esse número chegou a estar abaixo de 9% a.a. há cerca de um mês, mas as expectativas tem se deteriorado na proporção das dificuldades para o controle do resultado primário.
Nesse cenário, uma reunião entre o petista e o presidente do Banco Central pode ser uma sinalização positiva para o mercado financeiro e reduzir, momentaneamente, as desconfianças dos agentes econômicos sobre o compromisso do Planalto com a agenda econômica. O encontro também ajuda a fortalecer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem ficado isolado politicamente e tem perdido apoio da Faria Lima.
No exterior, o humor parece melhorar com bolsas mistas neste início do dia, e futuros de Wall Street em alta após as quedas da terça-feira. Além disso, os EUA parecem caminhar para um acordo que evitaria uma paralisação do governo e, na China, novas medidas de suporte ao mercado imobiliário podem ajudar a reduzir o pessimismo global.
No campo das commodities, o minério de ferro interrompe a sequência recente de quedas e sobe 1,34% na primeira parte da sessão em Singapura, a US$ 116,55 a tonelada. O petróleo estende a alta de ontem e voltava a ser negociado acima de US$ 95 para o barril do tipo Brent (+1,23%), às 8h13.
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