Mercado digere decisão do BC de olho em prévia da inflação amanhã
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa Selic inalterada em 13,75% a.a. na reunião que se encerrou ontem, o que era amplamente antecipado. A surpresa, no entanto, foi o tom do comunicado da autarquia...
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa Selic inalterada em 13,75% a.a. na reunião que se encerrou ontem, o que era amplamente antecipado. A surpresa, no entanto, foi o tom do comunicado da autarquia. No texto, a autoridade monetária destaca que segue vigilante com a pressão sobre os preços e que “a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre a trajetória da dívida pública” são fatores de risco pra o controle inflacionário.
Hoje, os investidores vão avaliar o comunicado para reposicionar expectativas sobre os próximos passos do BC. A expectativa é que a probabilidade precificada na curva de juros futuros de um corte em maio seja corrigida, o que indicaria juros mais altos para os vencimentos mais curtos. A ponta longa da curva deve ceder em função de uma renovação da visão de um controle efetivo da inflação e em reposta a postura mais austera da autoridade monetária.
No exterior, o mercado ainda avalia as declarações contrária do presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, e da secretária do Tesouro Janet Yellen sobre ampliar a garantia dos depósitos bancários. O banco central norte-americano tinha indicado que havia conversas no sentido de ampliar o limite para atender quaisquer quantias depositadas nos sistema bancário, mas Yellen negou em entrevista ontem que houvesse discussões nesse sentido.
Agora pela manhã, as bolsas europeias operavam em queda, com o EuroStoxx 600 no vermelho em 0,96%. Os futuros de Wall Street, no entanto, se recuperam das quedas registradas ontem e sobem 0,75% (Nasdaq) e 0,23% (S&P 500).
No campo das commodities, o minério de ferro continua a trajetória descendente e fechou a primeira parte da sessão em Singapura em queda de 1,76%, cotado abaixo dos US$ 120/tonelada, próximo da mínima do ano. O petróleo também é negociado com perdas, com o barril tipo Brent a US$ 76,18, às 8h.
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