Mercado digere avanço petista sobre Lei das Estatais e movimentação política
Os investidores nacionais devem avaliar, nesta quarta-feira, os impactos do desenvolvimento político de ontem...
Os investidores nacionais devem avaliar, nesta quarta-feira, os impactos do desenvolvimento político de ontem, que teve a indicação de Aloisio Mercadante para o BNDES, Gabriel Galípolo como número 2 da Fazenda e Bernard Appy como secretário especial para a Reforma Tributária. Além disso, no meio da noite, a Câmara dos Deputado aprovou uma alteração no texto da Lei das Estatais que adequa a norma para permitir Mercadante à frente do BNDES.
O mercado reagiu mal assim que o nome de Mercadante foi confirmado para o cargo, por volta das 16h de ontem. A bolsa brasileira caiu, o dólar subiu e os juros futuros também tiveram as taxas reajustadas para cima.
A aversão a risco teria conexão com um receio de que se iniciasse uma mudança da legislação para adequar o arcabouço jurídico às necessidades políticas. E foi exatamente o que aconteceu por volta das 23h, com os investidores ainda sem acesso aos terminais de negociação nacionais. Por isso, o impacto deve ser sentido na sessão desta quarta-feira.
Um pouco antes disso o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar os agentes econômicos em fala cuidadosa sobre a apresentação de um novo arcabouço fiscal antes do prazo previsto na PEC do Lula e sobre a importância de se manter o nível de endividamento do país em patamares sustentáveis.
Na agenda econômica de hoje, o Banco Central divulga o IBC-Br, conhecido como prévia do PIB (Produto Interno Bruto) às 9h. A expectativa é de que a atividade econômica tenha se expandido em 0,4% em outubro na comparação com o mês anterior e ficado em 4% na comparação ano contra ano.
No exterior, investidores estão de olho na decisão do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. A atenção deve ficar voltada ao comunicado de Jerome Powell, presidente do FED (Federal Reserve), logo após a divulgação da nova taxa, que deve ficar em 4,5% no limite superior. A expectativa é que Powell indique que os próximos encontros do grupo promovam incrementos moderados nos juros por lá.
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