Mercado de trabalho aquecido reduz chances de corte de juros nos EUA
Os investidores americanos reagiram com imediata aversão a risco após a divulgação de dados reforçando a resiliência do mercado de trabalho. O Payroll, considerado um dos mais importantes relatórios de emprego americano, apresentou número bem acima do esperado...
Os investidores americanos reagiram com imediata aversão a risco após a divulgação de dados reforçando a resiliência do mercado de trabalho. O Payroll, considerado um dos mais importantes relatórios de emprego americano, apresentou número bem acima do esperado.
A expectativa era de uma desaceleração na abertura de postos de trabalho em dezembro para 175 mil vagas, contra 199 mil vagas registradas em novembro. Um número abaixo das estimativas deveria impulsionar as apostas em um corte de juros ainda em março pelo FED. No entanto, o dado ficou bastante acima do consenso do mercado em 216 mil novas vagas.
Logo após a divulgação, os futuros de Wall Street aprofundaram a queda, e o S&P 500, por exemplo, chegou a recuar quase 0,6%. O movimento, no entanto, foi seguido de forte recuperação, minutos depois com a revisão do dado de novembro, reduzindo o número de postos abertos naquele mês de 199 mil para 173 mil. Às 11h15, os futuros do indicador apontavam para uma abertura em queda bem mais contida, próximo a 0,10%.
Os juros futuros apresentaram movimento parecido, com a piora imediata em reação ao dado e uma recuperação parcial das taxas em seguida. Os juros previstos para prazos acima de um ano subiam entre 3 e 5 pontos base. E as as probabilidade do início do ciclo de cortes de juros em março deste ano, de acordo com a precificação da curva de juros, saíram de mais de 70% no fechamento de ontem para pouco mais de 50% agora.
A bolsa brasileira reagiu de forma parecida aos dados e reverteu a queda do início da manhã, para operar em alta próxima a 0,20%, aos 131,5 mil pontos. As taxas dos juros futuros locais também subiam, o que afetou as expectativas de corte da Selic. A precificação de mercado atual vê a taxa mais próxima de 9,50% no fim do ciclo de cortes, contra os 9% observados poucos dias atrás.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)