Mercado até simpatiza com Haddad, mas acha que ele não manda nada
Pesquisa Genial/Quaest mostra que 41% dos economistas ainda avaliam o trabalho do ministro da Fazenda como positivo
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 4, mostrou que, embora o governo Lula esteja bastante mal avaliado pelo mercado financeiro, os economistas e analistas ouvidos ainda simpatizam com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Questionados sobre como avaliam o chefe da equipe econômica, 41% dos entrevistados responderam vê-lo de forma positiva; 35%, regular; e 24%, negativa.
Em março, a avaliação de Haddad era positiva para 50%, regular para 38%, e negativa para 12%.
O ápice da imagem de Haddad foi registrado em julho de 2023, quando o ministro da Fazenda era aprovado por 65% dos analistas e reprovado por 11%.
Não manda
Apesar de ainda ser observado de forma positiva, o mercado financeiro não tem força no governo.
Na percepção de 61% dos agentes de mercado, a força de Haddad está menor do que no começo do governo Lula, ante 35% que avaliam estar igual e 4% que a consideram maior do que no início da gestão.
Em março de 2024, 51% dos analistas viam Haddad com mais força e 14%, com menos força.
Para a pesquisa, a Quaest fez 105 entrevistas com os gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão dos principais fundos de investimento de São Paulo e do Rio.
Eles foram ouvidos entre 29 de novembro e 3 de dezembro.
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O pacote fiscal de Haddad
Desde que anunciou o pacote fiscal na quarta, 27, Haddad viu o dólar ultrapassar a barreira dos 6 reais e a projeção de inflação do mercado financeiro avançar para 4,71%.
Haddad passou um mês prometendo o plano que demonstraria o comprometimento do governo Lula com o arcabouço fiscal.
Quando veio, o plano não convenceu ninguém, tanto pelos valores insuficientes quanto pela falta de informações que permitissem entendê-lo.
Com a proposta, a equipe econômica projeta uma economia de 327 bilhões de reais no período de 2025 a 2030.
Deste total, 70 bilhões de reais seriam concretizados em 2025 e 2026.
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