Em seu discurso de posse nesta segunda-feira (6), o novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (foto), prometeu reajustar a Taxa de Longo Prazo (TLP), principal índice de juros adotado pelo banco de fomento. Instituída em 2018, a taxa atualmente está em 7,37% ao ano – que seria, segundo Mercadante, prejudicial a pequenas e médias empresas.

“É muito importante compreender o seguinte: não queremos e não estamos reivindicando o retorno um padrão de subsídios como ocorreu no ano passado, mas uma taxa de juros mais competitiva, sobretudo para micro, pequenas e médias empresas”, disse Mercadante em seu discurso. “Atualmente a TLP apresenta enorme volatilidade e representa custo financeiro acima do custo da dívida pública federal, o que penaliza de forma desnecessária as micro, pequenas e médias empresas.”

Ele prometeu um banco “do futuro: ‘verde, inclusivo, tecnológico, digital e industrializante'”. Mercadante também sugeriu que a instituição passe a integrar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), onde já participam a Caixa e o Banco do Brasil.

“Não pretendemos ficar disputando espaço com o sistema financeiro privado. Isso não é papel do BNDES: precisamos de parceria, e o BNDES pode contribuir para reduzir riscos, abrir novos mercados, alongar prazos e elaborar bons projetos para investimentos privados”, continuou o economista, ex-senador petista e ex-ministro nos governos Lula e Dilma.