Melhora no exterior derruba juros por aqui
Queda na criação de vagas do relatório ADP nos Estados Unidos foi o gatilho para um dia de trégua no rali recente das taxas de juros americanas. Com a queda do rendimento dos títulos por lá, a curva de juros futura por aqui pode devolver parte das altas dos últimos dias, e os papéis de...
Queda na criação de vagas do relatório ADP nos Estados Unidos foi o gatilho para um dia de trégua no rali recente das taxas de juros americanas. Com a queda do rendimento dos títulos por lá, a curva de juros futura por aqui pode devolver parte das altas dos últimos dias, e os papéis de prazos intermediário chegaram a ceder mais de 15 pontos base.
Apesar do movimento, o mercado local continua precificando possibilidade de desaceleração no ritmo de cortes da Selic. De acordo com a curva de juros futuros, a taxa básica de juros mais baixa agora ficaria por volta de 10,25% a.a. e seria alcançada em agosto do ano que vem, o que pressupõe que o Banco Central passaria a cortar a Selic em 0,25 ponto percentual nas reuniões de 2024, contra os 0,50 p.p. atuais.
Com a queda nas perspectivas de juros nos EUA, o dólar teve um dia de perda contra a maioria das principais moedas e das divisas emergentes. Na comparação com o real, a moeda americana chegou a recuar mais de 0,80% durantes a sessão mas se afastou da mínima e rumava para fechar as negociações em queda de 0,30%, cotado a R$ 5,16, às 17h33.
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, fechou próximo à estabilidade, em +0,17% (aos 113,6 mil pontos), apesar de 60 das 86 ações que compõem o indicador encerrarem o dia no positivo. A queda no preço das principais commodities acabou por pesar contra as grandes da bolsa como Vale e Petrobras, que seguraram o resultado do Ibov.
Amanhã, a agenda econômica interna prevê a divulgação do número da venda de veículos e do IGP-DI ( Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna). A expectativa para o indicador de preços é de uma aceleração na comparação mensal de 0,05% no mês passado para 0,26% agora. Na leitura anual, no entanto, o IGP-DI deve continuar negativo em 5,50%.
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