Melhora externa impulsiona bolsa; dólar e juros caem
Ibovespa começou o mês com quase 1% de alta, enquanto o dólar recou contra o real para 5,11 e os juros futuros apagaram parte da alta recente
O bom humor nos mercados internacionais após as declarações do presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, repercutiu na sessão desta quinta-feira, 2, por aqui também. Powell reafirmou que é improvável uma elevação dos juros básicos nos Estados Unidos e que as taxas americanas podem ficar no patamar em que estão (5,5% ao ano) por mais tempo que o antecipado.
A reprecificação nos mercados contribuiu para trazer dólar de volta para 5,11 reais e o DXY, índice que compara a moeda americana com uma cesta de divisas com algumas das principais do planeta, cair quase 0,80% nos dois últimos dias.
O juros futuros locais acompanharam o rendimento das taxas dos títulos públicos americanos e também caíram. Por aqui, a curva futura recuou em todos os vencimentos, com os mais mais longos chegando a 25 pontos base queda.
Apesar disso, a precificação do mercado continua a indicar um corte de apenas 0,25 ponto percentual na taxa Selic na próxima semana, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para definir a nova meta para os juros básicos brasileiros.
O bom humor também ajudou o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, a avançar 0,95% na primeira sessão de maio para encerrar o dia em 127,2 mil pontos. Entre as principais contribuições positivas Vale (+1,00%), Itaú (+1,40%) e B3 S.A. (+2,50%) lideraram o grupo.
Do lado das detratoras, Weg (-1,77%) e Bradesco (-1,14% PN; +0,23 ON) – que divulgaram balanços pouco animadores antes da abertura das negociações, e Prio (-1,21%) foram as maiores forças negativas do indicador no dia.
Nesta sexta-feira, os investidores devem acompanhar com atenção redobrada um dos dados mais relevantes sobre o mercado de trabalho americano, o payroll. A expectativa dos economistas consultados pela Bloomberg é de uma desaceleração na geração de vagas de trabalho em abril para 240 mil postos, contra 303 mil criados em março. Caso o número se confirme, deve alimentar as apostas de que com a economia desaquecendo o FED pode iniciar mais cedo o ciclo de cortes de juros, o que também pode contribuir com o caso brasileiro de relaxamento da política monetária.
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