Meirelles: “Não existe contradição entre responsabilidade fiscal e social”
Em mais um dia marcado por reação negativa do mercado a declarações de Lula sobre responsabilidade fiscal e social, Henrique Meirelles (União Brasil, foto) foi ao Twitter para se pronunciar a respeito do assunto...
Em mais um dia marcado por reação negativa do mercado a declarações de Lula sobre responsabilidade fiscal e social, Henrique Meirelles (União Brasil, foto) foi ao Twitter para se pronunciar a respeito do assunto. Um dos cotados para assumir o Ministério da Fazenda do novo governo, o ex-presidente do Banco Central afirmou que “não existe contradição entre responsabilidade fiscal e social”.
“Não existe contradição entre responsabilidade fiscal e responsabilidade social. Para cumprir integralmente uma política social, é preciso gerar emprego e renda. E, para isso, tem que haver um direcionamento claro do governo pela sustentabilidade dos gastos públicos. Responsabilidade fiscal é o que permite essa sustentabilidade. O presidente eleito Lula
governou com muito sucesso, seguindo essa linha, e acredito que seguirá esse caminho no novo governo”, escreveu Meirelles.
“Abrir uma excepcionalidade já no primeiro ano da nova administração não fere essa lógica. Ela é necessária porque o Orçamento aprovado para 2023 não contempla os gastos que foram criados. E seria impensável o corte do Auxílio de R$ 600 no momento de crise que atravessamos. Mas ela precisa vir acompanhada de limites para a criação de novos gastos e de corte de despesas, para garantir a abertura de espaço orçamentário a programas sociais e investimentos, e mostrar comprometimento com a saúde das contas públicas”, acrescentou, em meio a discussão sobre a PEC da Gastança, que foi entregue ontem ao Congresso.
Nas publicações, o ex-presidente do BC também afirmou que “o compromisso com a responsabilidade fiscal não é um interesse ‘do mercado’ em oposição aos interesses do povo”.
“O mercado é muito maior que a Faria Lima. Ele inclui desde o grande investidor ao padeiro do interior da Bahia, que, quando sente confiança na economia, contrata mais um ajudante e compra um novo forno. E também porque, sem esse compromisso, cresce a percepção de risco do país. Em consequência, os juros sobem. E isso vai ter efeito negativo na própria população […]”, concluiu.
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