Marcio Pochmann assombra Simone Tebet
A sombra de Marcio Pochmann se projeta sobre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, deve tratar nesta segunda-feira (24) da...
A sombra de Marcio Pochmann se projeta sobre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, deve tratar nesta segunda-feira (24) da sucessão no órgão, que está sob o comando de sua pasta e com presidente interino desde janeiro.
O problema é que Tebet não escolheu Pochmann e, segundo O Globo, o desenvolvimentista da Unicamp é considerado por alguns auxiliares da ministra como um “terraplanista econômico”. Pochmann fez parte da equipe de transição para o governo Lula, já presidiu a Fundação Perseu Abramo, do PT, o Instituto Lula e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Ainda segundo o jornal, a possível posse de Pochmann no IBGE é considerada “um desastre” no Ministério do Planejamento. “Para auxiliares de Tebet, uma eventual nomeação de Pochmann para o IBGE iria ‘na contramão de tudo o que foi feito no ministério desde o início do governo'”, diz reportagem da coluna de Malu Gaspar.
O temor é de que Pochmann transforme o IBGE no que virou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) da Argentina. A instituição maquiou dados durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner para passar uma impressão de que as coisas não iam tão mal no país e manter a taxa de inflação anual em 10% ao ano.
A desconfiança não é exagerada. A gestão de Pochmann no Ipea foi tumultuada, “com acusações de aparelhamento político e dirigismo ideológico dos trabalhos e até mesmo dos concursos para a contratação de novos servidores”, lembra O Globo. Num passeio rápido pelo perfil de Twitter do economista heterodoxo, é possível pescar expressões como “a hora dos bancos públicos chegou” e “globalização neoliberal segue solta no banco central independente”. Quer mais uma?
“Em vez do século estadunidense pretendido pelos neoconservadores daquele país, assiste-se ao ‘século da Ásia’ , concomitante com a instalação do novo sistema monetário dos BRICS como possibilidade de alternativa ao dólar. Por hora, a desdolarização ocorre fragmentadamente.”
Boa sorte a Simone Tebet.
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