Manutenção da meta de inflação derruba juros futuros
Mercado financeiro nacional reagiu bem ao resultado da reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) e à mudança no regime de meta de inflação com manutenção do objetivo em 3% no ano. A alteração do prazo...
Mercado financeiro nacional reagiu bem ao resultado da reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) e à mudança no regime de meta de inflação com manutenção do objetivo em 3% no ano. A alteração do prazo para aferição da pressão sobre os preços que vai deixar o ano-calendário e passar a ser contínua (sem agenda fixa podendo se estender a 24 meses, de acordo com o ministro da Fazenda) eliminou o último risco adicionado aos juros em função da verborragia do presidente Lula contra a política monetária.
Além dos juros futuros em queda e da reancoragem das expectativas inflacionárias, o real também se valorizou após a decisão. A moeda brasileira foi de longe a melhor performance entre as emergentes contra o dólar. A moeda americana recuava 1,40% às 17h20, para encerrar a semana valendo R$ 4,79.
O Ibovespa operou boa parte do dia em alta, mas encerrou a semana em queda interrompendo a sequência de nove semana de alta consecutivas. No período, o principal índice de ações brasileiro recuou 0,75% para 118 mil pontos. No semestre, no entanto, o indicador resistiu às dificuldades e aos ruídos políticos para encerrar o semestre em alta de 7,61%, os melhores primeiros seis meses para a bolsa desde 2019.
Na semana que vem, os investidores estarão atentos ao Boletim Focus para avaliar o impacto das medidas recentes nas expectativas de inflação dos agentes econômicos, item considerado importante pelo Banco Central para embasar a decisão de corte na Selic em agosto.
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