Mansueto: ‘Se a agenda fiscal sair do trilho, todo mundo vai perder’
Mansueto Almeida deu ao Estadão sua primeira entrevista desde que deixou a Secretaria do Tesouro Nacional, em meados de julho...
Mansueto Almeida deu ao Estadão sua primeira entrevista desde que deixou a Secretaria do Tesouro Nacional, em meados de julho.
O ex-secretário do Tesouro, que assumirá o cargo de economista-chefe do BTG Pactual assim que terminar sua quarentena remunerada de seis meses, voltou a dizer que todo mundo vai perder se as contas públicas brasileiras saírem dos trilhos.
“Se a gente esquecer o controle de gasto e aumentar a carga tributária, não vai crescer muito. É um caminho que me assusta. Eu espero que a gente não vá por aí”, disse o economista, que foi um dos principais nomes da equipe de Paulo Guedes.
Para ele, se o governo de Jair Bolsonaro fizer alguma “tolice” do ponto de vista fiscal, o juro de curto prazo vai subir muito, e o Brasil terá um problema muito sério para administrar mais à frente.
“Se o debate político nos levar a adotar medidas populistas, já que os benefícios de curto prazo são maiores do que os danos –que vão aparecer aos poucos–, o custo será muito alto”, afirmou. “Os juros vão aumentar, a inflação vai voltar, os desequilíbrios setoriais vão se acentuar e o investimento vai cair.”
Deve ter sido por essa capacidade de diagnóstico que Mansueto saiu do governo Bolsonaro.
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