Lula: contraproposta será enviada e acordo do Mercosul pode sair ainda em 2023
O presidente Lula prometeu continuar negociando o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. O chefe do Palácio do Planalto, que também está no comando do bloco econômico, adiantou que uma nova carta...
O presidente Lula prometeu continuar negociando o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. O chefe do Palácio do Planalto, que também está no comando do bloco econômico, adiantou que uma nova carta será enviada em duas semanas. A projeção é que o pacto seja assinado até o fim do ano.
A relação ficou conturbada após a Europa divulgar uma carta que previa sanções econômicas ao Brasil caso o país não cumprisse metas ambientais.
“A Europa tinha feito uma carta agressiva. Era uma carta que ameaçava com punição se a gente não cumprisse determinados requisitos ambientais. Tem que haver dois parceiros estratégicos, não discutir ameaças. A gente discute com propostas”, reclamou Lula.
A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (19) em entrevista coletiva transmitida de Bruxelas, após o fim da cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Além disso das metas ambientais, os europeus queriam incluir no acordo que as empresas estrangeiras pudessem participar de licitações do governo brasileiro. O ponto é inegociável para Lula.
“É assim que a gente consegue incentivar o pequeno e médio empresário a sobreviver e a crescer. Vamos pegar a área da saúde. Tenham em conta que não tem nenhum país no planeta Terra com mais de 100 milhões de habitantes que tenha um programa de saúde universal como o SUS. A gente tem que aproveitar o potencial de compra que tem o SUS para que a gente possa desenvolver internamente no Brasil uma indústria da saúde. A gente pode produzir tudo o que a gente precisa, inclusive remédios”, disse.
Ele emendou:
“A gente vai ter que aprender que, em negociação, a gente não ganha tudo o que quer. E é isso que eu estou disposto e que o Mercosul está disposto. E é isso que vai acontecer. É importante lembrar que, no caso do Brasil, a gente já teve a indústria significando 30% do nosso PIB. Hoje a gente está por volta de 11%. Na Argentina também desapareceu a indústria.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)