Lucro ajustado da CCR cresce, mas às custas de não recorrentes
A CCR registrou lucro líquido ajustado de R$ 501,6 milhões no terceiro trimestre, alta de 44,8% em relação ao mesmo período do ano anterior...
A CCR registrou lucro líquido ajustado de R$ 501,6 milhões no terceiro trimestre, alta de 44,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia do setor de concessões de infraestrutura divulgou, na noite desta terça-feira (31), o balanço referente ao terceiro trimestre de 2023.
O resultado, no entanto, conta com efeitos não recorrentes importantes. Descontando-se esses valores, o lucro líquido fica em R$ 251,5 milhões, o que representa uma queda de 58,5%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da CCR somou R$ 1,659 bilhão no terceiro trimestre, queda de 29,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 37,5%, uma redução de 27 pontos percentuais. No entanto, quando ajustado para eliminar os efeitos não recorrentes, o Ebitda atingiu R$ 2,121 bilhões, registrando um aumento de 15,8% e uma margem de 62,1%, representando uma expansão de 4,4 pontos percentuais.
Em relação à receita líquida, a empresa reportou um valor de R$ 3,4 bilhões, o que representa um aumento de 7,6% na comparação anual. Segundo a CCR, esse crescimento foi impulsionado pelo aumento no tráfego de veículos, que apresentou um alta de 4,2% no terceiro trimestre. Além disso, o número de passageiros embarcados nos aeroportos da empresa cresceu 11,1%, enquanto o avanço no número de passageiros transportados nos negócios de mobilidade foi de 7,4%.
No que diz respeito aos custos, a CCR registrou uma redução de 3,6% nos custos caixa, que totalizaram R$ 1,2 bilhão, desconsiderando os efeitos não recorrentes. Já considerando os custos caixa totais, sem exclusão dos efeitos não recorrentes, houve um aumento de 103,4%.
Essas variações nos custos são explicadas principalmente pela redução causada por impairment, especialmente na ViaOeste, durante o terceiro trimestre. Além disso, as despesas antecipadas, como outorgas fixas que foram pagas à ViaLagos, AutoBAn, RodoAnel Oeste e ViaOeste também impactaram os resultados.
No que diz respeito ao resultado financeiro líquido, a CCR registrou um aumento de 4,3%, com saldo negativo em R$ 774,5 milhões. Quanto à dívida líquida consolidada (de acordo com as normas IFRS), a empresa atingiu o valor de R$ 22,5 bilhões em setembro de 2023. Já o indicador Dívida Líquida/Ebitda ajustado (últimos 12 meses) ficou em 2,9 vezes.
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