Lira animado e Guedes preocupado
Ao contrário do otimismo de Arthur Lira e de Ricardo Barros, a equipe econômica está preocupada com os efeitos práticos caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada pela Câmara. Se o plano B precisar ser acionado, com a decretação de novo estado de calamidade pública, os assessores de Paulo Guedes (foto) temem que os cofres públicos serão arrombados...
Ao contrário do otimismo de Arthur Lira e de Ricardo Barros, a equipe econômica está preocupada com os efeitos práticos caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada pela Câmara. Se o plano B precisar ser acionado, com a decretação de novo estado de calamidade pública, os assessores de Paulo Guedes (foto) temem que os cofres públicos serão arrombados.
Vale lembrar que a aprovação da PEC dos Precatórios adia o pagamento de sentenças judiciais e cria uma gambiarra no teto gastos para bancar um Auxílio Brasil de R$ 400. As duas medidas abrem um espaço fiscal de R$ 91,6 bilhões no orçamento de 2022, estimou o Ministério da Economia.
O verdadeiro interesse dos parlamentares com a aprovação da PEC é destinar parte do espaço fiscal aberto para aumentar o fundo eleitoral de 2022 de R$ 2 bilhões para R$ 5 bilhões. Além disso, os deputados querem direcionar outros R$ 16 bilhões para as chamadas emendas de relator e abastecer o orçamento secreto em ano eleitoral.
Os congressistas só não contavam com a decisão do STF, em caráter liminar, de acabar com a farra do orçamento secreto e aguardam ansiosos o julgamento do Supremo sobre a tramitação da PEC dos Precatórios.
Diante desse pano de fundo, Guedes teme que o plano B, com novo estado de calamidade, piore ainda mais a situação fiscal do Brasil, eleve o preço do dólar e pressione ainda mais a inflação.
“Qualquer plano B tem que garantir que os cofres públicos não serão arrombados. O apetite dos parlamentares em ano eleitoral costuma aumentar muito. Sabemos que eles querem aumentar os gastos com emendas e com o fundo eleitoral. Isso nos preocupa”, disse um assessor de Guedes reservadamente.
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