Justiça suspende recuperação judicial da 123milhas (de novo)
A juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, suspendeu nesta quinta-feira, 25, o processo de recuperação judicial da 123milhas...
A juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, suspendeu nesta quinta-feira, 25, o processo de recuperação judicial da 123milhas.
Esta é a segunda vez que o processo é paralisado. A ação ficou parada de setembro a dezembro de 2023.
Segundo a Folha de S. Paulo, o processo de recuperação judicial da 123milhas ficará suspenso até que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) escolha quem serão os administradores judiciais do caso.
Impasse sobre a nomeação dos administradores judiciais
Em dezembro, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho acatou um pedido do Banco do Brasil para substituir os escritórios nomeados pela juíza da 1ª Vara Empresarial como administradores judiciais do caso.
Segundo o BB, que é o maior credor da empresa de turismo, os escritórios Inocêncio de Paula Advogados, Brizola e Japur Administração Judicial e Paoli Balbino & Barros Advogados não tinham estrutura, experiência e expertise para dar continuidade ao processo.
Ao recorrer da decisão, o Ministério Público de Minas Gerais e os escritórios substituídos —Inocêncio de Paula Advogados e Brizola e Japur Administração Judicial— alegaram que desembargador não poderia tomar tal decisão de forma monocrática.
O TJ-MG não tem previsão para julgar os recursos.
A recuperação judicial da 123milhas
A juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, deferiu em agosto de 2023 o pedido de recuperação judicial da 123milhas. Na solicitação feita ao TJ-MG, a plataforma de turismo informou ter uma dívida de 2,308 bilhões de reais.
A crise da 123milhas começou em 18 de agosto de 2023, quando a empresa suspendeu a emissão de passagens e pacotes da linha Promo, mais barata por não ter datas definidas de ida e volta, e propôs ressarcir seus clientes por meio de vouchers.
A empresa foi fundada em 2016 na capital mineira pelos irmãos Ramiro e Augusto Madureira. Cinco anos depois, em 2021, já era o maior anunciante do país, com investimento de R$ 2,37 bilhões na compra de espaço publicitário.
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