Juros sobem e bolsa cai após fala de Haddad em evento na Febraban
Se o mercado financeiro esperava pistas sobre o arcabouço fiscal e o futuro da política econômica brasileira na fala do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad em almoço na Febraban Federação Brasileira de Bancos), deve ter ficado decepcionado...
Se o mercado financeiro esperava pistas sobre o arcabouço fiscal e o futuro da política econômica brasileira na fala do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad em almoço na Febraban Federação Brasileira de Bancos), deve ter ficado decepcionado. Em discurso em nome do presidente eleito Lula, Haddad – que é um dos nomes cotado para chefiar o Ministério da Fazenda no próximo governo – foi cuidadoso com as palavras e trouxe pouco conteúdo.
Durante os 29 minutos em que se apresentou aos dirigentes bancários, Haddad repetiu chavões de campanha e apesar de ter falado em reforma tributária como “prioridade total” do governo eleito, trouxe pouco, ou quase nenhum elemento que contribuísse para a discussão econômica. Na verdade, até dedicou boa parte da fala para endereçar a necessidade de uma melhora na gestão da educação brasileira, lembrando da passagem como ministro da Educação nos anos de 2005 a 2012.
Para finalizar deixou ainda mais dúvidas no ar. “Quero crer que o presidente está com uma agenda pronta na cabeça, para começar 1º de janeiro com uma boa equipe”, resumiu Haddad, que acompanhou o presidente eleito durante as viagens para o Egito e Portugal e tem sido apontado como uma das personalidades políticas mais próximas a Lula recentemente.
A bolsa de valores aprofundou a queda em que se encontrava após o término da fala de Haddad. Às 14h05, o Ibovespa caía 2,06%. O juros futuros inverteram a direção, e as taxas passaram a subir.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)