Juros pressionados com cenário pessimista para inflação
As taxas locais continuam respondendo à deterioração das expectativas para a pressão sobre os preços
A sessão de abertura da semana no mercado financeiro foi marcada por mais uma piora nas expectativas para a inflação em 2024 e 2025. O boletim Focus desta segunda-feira, 3, mostrou mais uma piora nas estimativas dos analistas e economistas consultados pelo Banco Central para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Há quatro semanas consecutivas, os consultados pela autoridade monetárias têm revisado para cima as expectativa para a inflação neste ano e no próximo. Para 2024, as estimativas para o IPCA passaram de 3,72% para 3,88% no período. Em 2025, a mediana das apostas passou de 3,64% para 3,77%.
O afastamento das projeções do mercado da meta de inflação de 3% é um dos motivos para a cautela adotada pelo BC para a Selic. Não por acaso, a própria publicação também tem calibrados as expectativas para a taxa básica de juros, que passou de 9,63% ao ano há quatro semanas para 10,25% a.a. agora.
A curva futura de juros voltou a reajustar as taxas para os empréstimos na sessão desta segunda-feira, 3. Durante quase todo o período de negócios, os juros futuros operaram em alta ao longo de todos os vencimentos. No fim do pregão, no entanto, as taxas recuaram acompanhando a melhora nos títulos americanos.
Nos Estados Unidos, números abaixo do esperado de atividade e preços do ISM realimentaram esperanças de que o FED (Federal Reserve) pode adiantar o início dos cortes nas taxas básicas de juros para setembro deste ano. A precificação de mercado voltou a precificar uma chance maior que 50% de um corte na data, o que ajudou a aliviar a pressão sobre os juros futuros no Brasil.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou o dia praticamente estável, em leve queda de 0,05%, aos 122 mil pontos, com Vale (-2,10%), Suzano (-3,26%) e Petrobras (-1,11% ON; -0,54% PN) na ponta negativa. Do lado positivos, as principais contribuições ficaram com Itaú (+1,35%); Eletrobras (+1,90%) e BTG Patcual (3,07%).
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