Itaúsa tem lucro líquido recorrente de R$ 3,635 bi, alta de 22,4%
Lucro mais forte da controlada Itaú impulsionou ganhos da holding, além de resultados positivos com CCR e Águas do Rio
A Itaúsa encerrou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido recorrente de 3,635 bilhões de reais, o que representa um crescimento de 22,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, a melhora está ligada ao desempenho positivo do Itaú Unibanco e ao resultado financeiro da holding.
Itaú é destaque do resultado de Itaúsa
O lucro proveniente do Itaú Unibanco cresceu 16% em um ano, atingindo 3,668 bilhões de reais, beneficiado pela expansão das margens e pela redução do custo de crédito do banco. Outro destaque foi a contribuição da CCR, cujo lucro reconhecido pela Itaúsa aumentou para 43 milhões de reais, alta de 102%.
A holding enfrentou quedas na contribuição de outras investidas, como na Aegea. A empresa de saneamento foi a maior detratora do resultado com redução de 53% no lucro, que ficou em 9 milhões de reais. Essa baixa foi atribuída ao aumento das despesas financeiras, resultantes do maior endividamento da companhia. Por outro lado, o lucro líquido da Águas do Rio apresentou uma melhora que ajudou a compensar parte da queda.
Resultados financeiros da holding
O resultado recorrente da Itaúsa não considera os ganhos relacionados à participação na XP, que foi zerada em dezembro do ano passado, após um processo de desinvestimento que durou dois anos. Atualmente, o único investimento da Itaúsa no setor financeiro é no Itaú, onde a empresa faz parte do bloco de controle.
Ao final do segundo trimestre, a Itaúsa reportou ativos totais de 92,277 bilhões de reais, representando um crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior. O patrimônio líquido da holding subiu 8,7%, totalizando 83,551 bilhões de reais. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) recorrente atingiu 17,7%, aumento de 1,9 ponto percentual em doze meses.
Gestão da dívida
No que diz respeito à dívida líquida da Itaúsa, a empresa registrou recuo de 70,1% em um ano, totalizando 833 milhões de reais em junho. De acordo com a gestão, o prazo médio da dívida atual é de seis anos, com um custo médio de CDI mais 1,98% ao ano.
Recentemente, a holding também realizou a emissão de debêntures no valor de 1,3 bilhão de reais em julho, que será utilizada para o pré-pagamento da terceira emissão de dívidas. Com essa estratégia, o custo médio da dívida deverá se reduzir para CDI mais 1,54% ao ano.
Adicionalmente, o novo cronograma de amortização do principal prevê um intervalo de quatro anos sem pagamentos, além de uma diminuição das amortizações previstas para 2029 e 2030.
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