Itaú abre guerra contra a sócia XP, com comercial agressivo — e fundador da XP responde
O Itaú abriu guerra contra a sua sócia, a XP, com a veiculação de um comercial agressivo no qual ataca, sem citar nomes, as corretoras que têm agentes autônomos para vender produtos financeiros -- justamente o modelo da empresa fundada por Guilherme Benchimol, que acaba de entrar para a lista dos vinte brasileiros mais ricos. No comercial, um ator interpreta um cliente que, em 2019, foi procurado por um agente autônomo que o fazia sentir-se o "rei de Wall Street" -- e, em 2020, constata que fez bem em seguir os conselhos financeiros do seu gerente Personnalité...
O Itaú abriu guerra contra a sua sócia, a XP, com a veiculação de um comercial no qual ataca, sem citar nomes, as corretoras que têm agentes autônomos para vender produtos financeiros — justamente o modelo da empresa fundada por Guilherme Benchimol, que acaba de entrar para a lista da revista Forbes dos vinte brasileiros mais ricos.
No comercial, um ator interpreta um cliente que, em 2019, foi procurado por um agente autônomo que o fazia sentir-se o “rei de Wall Street” — e, em 2020, constata que fez bem em seguir os conselhos financeiros do seu gerente Personnalité. A versão 2020 do cliente diz à de 2019: “Aqui em 2020 deu pra ver que não tinha risco. Pra ele, né? Que ganhava comissão por tipo de investimento. Ainda bem que você deixou o dinheiro no Itaú Personnalité. São especialistas isentos. Aprendeu, rei de Wall Street?”
A XP cresceu criticando os grandes bancos e continuou a fazê-lo mesmo depois de vender 49% das suas ações ao Itaú, em 2017, por 5,7 bilhões de reais. Apesar dos interesses comuns, o fogo amigo vinha irritando os diretores do banco, que agora deu um chega para lá na sócia.
Benchimol contra-atacou no Linkedin:
Estamos há 20 anos lutando contra um sistema financeiro concentrado que nunca inovou e nunca se preocupou com o que realmente importa: o cliente!
Tenho certeza que os bancos preferem o Brasil do passado, com juros altos e baixa concorrência, explorando ainda mais os empresários e os investidores individuais.
Quem nunca recebeu uma oferta do seu banco com um cheque especial abusivo, um empréstimo com as mais altas taxas de juros do mundo, um “investimento” na caderneta de poupança, um título de capitalização desnecessário, um fundo com taxas exorbitantes, um consórcio para bater a meta do fim do mês e assim por diante?
Temos muito orgulho do que estamos construindo. Comecei em uma sala de 25m² como assessor de investimentos e conseguimos, quase 20 anos depois, fazer com que mais de 2 milhões de brasileiros invistam melhor. Contribuímos para a criação de uma nova indústria, com mais competição, melhores produtos, melhores serviços e mais alinhamento com o cliente.
Desde o início, levamos educação financeira para as pessoas e mostramos que investimento se faz com visão de longo prazo e transparência.
Para alcançar a nossa missão, contamos com mais de 7.000 assessores independentes, que trabalham incansavelmente para trazer as melhores oportunidades para os investidores.
A nova campanha do Itaú ataca o comissionamento dos assessores na distribuição de produtos financeiros, como se ganhar dinheiro com o trabalho fosse errado. Sempre fomos transparentes nisso. O assessor é um empresário, um empreendedor que tem a sua própria empresa e somente sobrevive se a visão for de longo prazo, com um cliente realmente satisfeito e muita ética em todas as suas atitudes. Se ele falhar, não poderá mudar de emprego, mas, sim, fechará o seu negócio.
Com certeza temos muitos pontos a evoluir, natural de toda empresa. Mas trabalhamos duro para melhorar sempre e tenho orgulho de dizer que temos o maior índice de satisfação de todo o sistema financeiro brasileiro (NPS de 71 auditado). Para nós, essa é a melhor prova da sustentabilidade do nosso negócio.
A campanha do Itaú só reforça que estamos no caminho certo. Para o maior banco do país, com mais de 90 anos de tradição, ir a público e ofender uma profissão tão fundamental para o desenvolvimento financeiro dos brasileiros, é porque realmente percebeu que não consegue mais competir colocando o cliente em primeiro lugar.
Tenho uma certeza: se tem algo que o banco não é, nem nunca foi, é ser feito para você.
Apesar de toda a nossa história, estamos só no começo. Podem ter certeza de que não descansaremos enquanto todos os abusos dos bancos não acabarem.
Nosso propósito: transformar o mercado financeiro para melhorar a vida das pessoas.
Mesmo em quarentena, a Faria Lima ferve.
Assista ao comercial do Itaú:
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