IPCA reforça alta moderada da Selic e faz dólar subir mais de 1%
Deflação em agosto reforçou recado do Banco Central de que ciclo de alta dos juros deve começar de forma gradual
Dólar encerrou o dia em alta de 1,3% sobre o real, cotado a 5,66 reais. A moeda brasileira registrou o pior desempenho em uma cesta com outras 22 divisas de país emergentes. A queda no preço das commodities em geral e a leve deflação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que recuou 0,02% no mês de agosto contra julho, consolidou as apostas de um ajuste menos agressivo na taxa básica de juros na semana que vem, e impulsionaram a moeda americana contra a brasileira.
Os juros futuros responderam ao índice oficial de inflação com queda nos vencimento mais curtos, o que fez com que a precificação de uma alta de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) no dia 18 deste mês praticamente desaparecesse.
Nas opções de Copom da B3, as probabilidades de uma alta de 0,25 p.p. passaram para 76%, contra 75% da segunda-feira, enquanto as apostas em um reajuste de 0,50 p.p. recuaram de 14% do dia anterior para 13% agora.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, fechou em leve baixa de 0,31%, aos 134,3 mil pontos, puxado pela queda das commodities. Não por acaso, Vale (-1,20%) e Petrobras (-1,66% PN; -2,14% ON) foram as principais contribuições para o resultado do indicador.
O preço do minério de ferro está em queda livre desde o início de agosto e acumula mais de 10% de recuo, enquanto que o barril de petróleo tipo Brent também soma quase 10% de desvalorização no período, com os contratos futuros do combustível negociados abaixo de 70 dólares o barril pela primeira vez em mais de dois anos..
Do lado positivo, as ações de Sabesp (+1,54%), B3 S.A. (+1,14%) e Suzano (+2,00%) foram as mais significativas forças contrárias à queda do Ibovespa no dia. Ao todo, 36 dos 86 papéis que compõem indicador encerrar a sessão com ganhos.
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