IPCA deve arrefecer apostas em alta mais forte da Selic
Consenso de mercado espera inflação oficial praticamente estável em agosto em 0,01%, na comparação com julho
Os números da inflação oficial devem dar o tom das negociações no mercado, nesta terça-feira, 10.A expectativa é de desaceleração no indicador de 0,38% em julho, para 0,01% em agosto.
De acordo com levantamento feito pela Bloomberg, as estimativas variam entre -0,10%, na mínima, e 0,08%, na máxima. Entre os economista que mais acertam o dado deve ficar entre 0,01% e 0,05%.
No acumulado de 12 meses, o índice deve se afastar dos 4,50% (limite da meta de inflação) até julho para 4,27% no período terminado em agosto. As apostas dos economistas estão entre 4,19% e 4,44%, na pesquisa da Bloomberg, com os cinco que mais acertam com expectativas variando entre 4,23 e 4,31%.
Números mais fortes que o esperado podem reforçar a visão minoritária de uma elevação na Selic de 0,50 p.p. na semana que vem, enquanto número mais fracos devem fortalecer a visão defendida por diretores do BC recentemente de um início de ciclo de ajuste mais parcimonioso.
Por enquanto, as opções de Copom negociadas na B3 indicam uma probabilidade de 75% para uma elevação de 0,25 ponto percentual. na taxa básica de juros. O mesmo instrumento aponta apenas 17% de chance de uma elevação de 0,50 p.p. e 12% de manutenção da Selic nos atuais 10,50%.
A precificação na curva de juros futuros, praticamente, abandonou a ideia de um aumento acima de 0,25p.p. e indica uma probabilidade de 16% de uma alta de 0,50 p.p.. na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na semana que vem.
Ainda sobre a inflação, a expectativa é que a desaceleração no índice venha impulsionada pelas as tarifas de energia elétrica (com bandeira verde em agosto) e um arrefecimento nos preços da gasolina e de alimentos. Transportes, Despesas Pessoais e Comunicação também devem ajudar no resultado mais comportado da pressão sobre os preços.
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