Investidores preferem esperar FED com baixa exposição
Às vésperas de definição sobre juros americanos, mercado opta por cautela e ativos sofrem
Mercados financeiros locais assumiram postura de forte aversão a riscos após dados do Índice de Custo do Emprego nos Estados Unidos reforçar a visão de mercado de trabalho aquecido por lá. Isso fez com que as expectativas para o início do ciclo de cortes dos juros americanos fosse empurrado de novembro pra dezembro deste ano.
Os investidores aguardam por pistas dos próximos passos da política monetária, nesta quarta-feira, 30, após a decisão reunião do FED (Federal Reserve) para discussão da taxa básica.
Com juros mais altos, a moeda americana se valorizasse contra a maioria das principais divisas do mundo. As moedas dos emergentes também recuaram frente o dólar. O índice DXY, que compara a divisa americana contra uma cesta de moedas globais, avançou quase 0,7%, marcando o terceiro dia de maior alta do indicador no mês de abril.
Contra o real, o dólar subiu quase 1,5% para fechar perto das máximas de terça-feira, 30, cotado a 5,20 reais. A desvalorização da moeda brasileira ajudou a puxar os juros futuros locais para cima.
Os vencimentos intermediários dispararam até 27 pontos base e, mesmo os contratos com prazo mais curto, foram reprecificados com taxas mais altas. O movimento fez com que o mercado reforçasse a aposta em um corte de apenas 0,25 pontos base na taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para os dias 7 e 8 de maio.
A pressão sobre os juros também empurrou o Ibovespa para o terceiro pregão de maior desvalorização no mês de abril. O indicador encerrou o a sessão em queda de 1,12% aos 125,9 mil pontos, para fechar o mês em queda de 1,70%. Apenas 20 das 86 ações do índice encerraram abril com algum ganho. Liderando o grupo de altas estão Petrobras (+18,62% ON; +15,53% ON), IRB (Re) (+13,73%) e JBS (9,02%). Do lado negativo, CVC (-30,69%), Azul (-25,23%) e Magazine Luiza (-24,44%) ocuparam os três primeiros postos em quedas.
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