Investidores digerem recado mais agressivo do Banco Central
O mercado deve conciliar na sessão de hoje as decisões de política monetário do Brasil e dos Estados Unidos. Ontem, o tom mais ameno adotado pelo FED animou os investidores globais, após a decisão de elevar a taxa de juros básica norte-americana em 0,25 ponto percentual...
O mercado deve conciliar na sessão de hoje as decisões de política monetário do Brasil e dos Estados Unidos. Ontem, o tom mais ameno adotado pelo FED animou os investidores globais, após a decisão de elevar a taxa de juros básica norte-americana em 0,25 ponto percentual e fez com que as bolsas pelo mundo reagissem positivamente.
A expectativa é que o ciclo de alta das taxas nos EUA se aproxima do fim, o que permitiria o controle da inflação sem que a maior economia do mundo tenha de enfrentar uma recessão. O comunicado do Banco Central norte-americano ainda fala em pelo menos duas altas nas taxas, o que faria com que o ajuste se estenda até maio. O mercado, no entanto, ainda precifica o fim dos aumentos nas taxas na próxima reunião, em março.
Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a Selic em 13,75% a.a. e reforçou o recado sobre os riscos que as incertezas na política fiscal brasileira tem trazido para o cenário. O comunicado da autoridade monetária destacou que há risco de desancoragem de expectativas em função da “conjuntura particularmente incerta no âmbito fiscal” e que isso eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas (de inflação)“. Isso foi entendido por agentes de mercado como uma sinalização de juros mais altos por mais tempo.
A expectativa do mercado agora é que haja uma pressão de alta nas taxas de juros futuros de curto prazo e apreciação do câmbio, com o real se valorizando frente ao dólar.
Nesta quinta-feira, os investidores ainda acompanham com atenção a definição dos juros na Zona do Euro e no Reino Unido, que devem elevar as taxas em 0,5 p.p.. Apesar disso, a notícia de que o aperto monetário estaria perto do fim nos EUA animou as bolsas no continente. O Euro Stoxx 600 operava em alta de 0,77%, às 8h01.
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